Refugiada de 15 anos luta pelo fim do casamento infantil
O casamento forçado e precoce é um problema que atinge muitos países nos dias atuais. Mesmo dentro dos campos de refugiados, a prática ainda é recorrente. Mas Omaima Hoshan, uma jovem refugiada de apenas 15 anos, está lutando contra isso.
Aos 11 anos, quando saiu da Síria para viver no campo de refugiados de Zaatari, na Jordânia, Omaima viu muitas de suas colegas, com cerca de 12 ou 13 anos, irem à aula para se despedir, pois iam se casar e precisavam abandonar a escola.
Quando sua melhor amiga contou que se casaria com um homem mais velho ao completar 14 anos, a adolescente decidiu agir. Inspirada pela história de Malala, ganhadora do prêmio Nobel da Paz, Omaima começou a conscientizar as pessoas no local a respeito do casamento infantil.
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A jovem pesquisou informações sobre os riscos do matrimônio precoce e buscou explicar o assunto para amigos, colegas e pais de outras meninas. Ela também organizou aulas de desenho, canto e teatro para garotas de sua idade, buscando conversar sobre o problema por meio da arte.
Aos poucos, Omaima conseguiu convencer diversas meninas a não se casarem e percebeu que seu esforço estava valendo. Na Jordânia, a idade legal mínima para que uma pessoa se case é 18 anos. No entanto, a lei islâmica permite que líderes religiosos autorizem menores de idade a realizarem o matrimônio, mesmo sem consentimento.
A adolescente tem o apoio da Agência da ONU para Refugiados, que oferece terapia a pessoas que forçam o casamento precoce, além de ajuda sobre os riscos da gravidez.
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