Revista ‘AzMina’ estreia novo conceito de conteúdo para mulheres
Após arrecadar R$ 50 mil em uma campanha de financiamento coletivo, a revista digital ‘AzMina‘, feita para mulheres de A a Z, é lançada nesta terça-feira, dia 1º de setembro. Dirigida pela jornalista Nana Queiroz, criadora do movimento #nãomereçoserestuprada e autora do livro “Presos que Menstruam“, a publicação visa dar voz às mulheres que não se sentem representadas pelas revistas femininas atualmente no mercado.
“As revistas tradicionais fazem com que as leitoras se sintam feias, inadequadas e presas no corpo errado”, diz Nana. O conteúdo da revista passará longe dos manuais do tipo “35 dicas para enlouquecer seu homem na cama”. Segundo a jornalista, a ideia não é dizer às mulheres o que fazer, mas sim dar ferramentas para que elas se empoderem e se transformem na melhor versão de si mesmas.
As matérias da primeira edição destacam os feitos de mulheres inspiradoras, como Sochua Mu, uma ativista cambojana que ajudou a eleger outras 900 mulheres. Mas o destaque de estreia é uma grande reportagem investigativa, feita na China, sobre as condições precárias de trabalho em fábricas de roupas que fornecem para as redes mundiais de fast fashion.
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‘AzMina’ será também a primeira revista feminina a contemplar lésbicas e o público transgênero. Luisa Marilac assina a coluna “Mulher, Trans”. Ela começa conversando com mães de travestis que sofrem com o preconceito e violências a que são submetidas suas filhas.
A revista inaugura um novo modelo de negócio que deve garantir liberdade editorial à primeira revista feminina sem fins lucrativos do mercado. A ideia é apostar em um modelo de captação misto, em que crowdfundings contínuos, editais, fundos de ONGs de estímulo ao empoderamento feminino e anúncios “amigos da mulher” dividam a conta.
‘AzMina’ terá também uma loja virtual com camisetas, porta-cervejas e outros itens. Para saber mais, entre em contato pela página no Facebook ou pelo e-mail [email protected].