RJ: Mulher relata abuso em consulta com dermatologista e ele é preso
“Na hora de se despedir, ele me abraçou de uma forma para encostar no meu corpo inteiro e me deu um beijo na boca. Na boca”, relatou a vítima
Uma mulher relatou abuso em consulta com dermatologista, na Taquara, em Jacarepaguá, Zona Oeste do Rio de Janeiro e o médico foi preso em flagrante. A defesa dele nega todas as acusações. A consulta aconteceu na última segunda-feira, 30.
A paciente que não teve sua identidade divulgada, é advogada e contou: “Tentou me tocar o tempo todo, os meus seios. O exame dele é invasivo. Ele não é nada profissional”, afirmou.
“Ele começou a falar coisas absurdas para mim: que eu merecia ‘um homem que me bancasse’, que eu não me preocupasse com o valor da receita. Que era só eu ’estalar os dedos’ que eu teria o homem que eu quisesse, que eu sou uma mulher ‘linda, maravilhosa’. Isso é tratamento de um médico?”, lembrou a paciente.
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Segundo a mulher, o assédio duraram a consulta toda. “Na hora de se despedir, ele me abraçou de uma forma para encostar no meu corpo inteiro e me deu um beijo na boca. Na boca”, destacou. “Ele me abraçou forte. Ele me tomou nos braços, eu fiquei nos braços dele”, emendou.
Quando saiu do consultório do dermatologista, a advogada foi direto prestar queixa na Delegacia de Atendimento à Mulher de Jacarepaguá. Com isso, o médico foi preso em flagrante, por importunação sexual – crime inafiançável, onde a pena pode chegar a cinco anos de prisão.
A delegada responsável por investigar o caso, Catarina Noble, destacou a gravidade do caso. “É muito grave, é muito representativo. Imagina que a pessoa vai ao médico para se consultar… além de receber galanteios, ainda é abraçada e beijada contra sua vontade. Então, isto caracteriza importunação sexual”, afirmou.
De acordo com a delegada, a atitude da mulher vítima dos abusos é muito importante. “Foi muito bom que ela viesse aqui, porque isso vai entusiasmar outras moças que porventura tenham sido vítimas [do médico] a vir à delegacia para denunciar, para que haja o devido processo legal contra esta pessoa”, completou.