Rodrigo Maia afirma que acordo para suceder Temer é especulação

Presidente da Câmara diz que o DEM não pensa em deixar o governo Temer 'apesar de toda a crise'

Depois de um aceno de líderes tucanos de que seu nome reuniria as condições necessárias para assumir a Presidência, Rodrigo Maia, presidente da Câmara, afirmou nesta sexta-feira, dia 7, em  Buenos Aires, que se trata de “especulação”.

O presidente Michel Temer transmite cargo a Rodrigo Maia, interino, em janeiro
Créditos: Alan Santos
O presidente Michel Temer transmite cargo a Rodrigo Maia, interino, em janeiro

Durante o dia, circularam informações sugerindo que estaria sendo costurado um acordo entre o DEM e o PSDB para uma possível “gestão Maia”.

“Quando se vive uma crise tão profunda como essa, surgem especulações de todo o tipo”, afirmou, à repórter Sylvia Colombo, da “Folha“.

Segundo ele, o DEM não pensa em deixar o governo Temer, “apesar de toda a crise”: “Nós vamos manter a nossa posição de apoio ao governo”.

Apuração de Bruno Boghossian e Marina Dias, da “Folha”, afirma que as articulações em torno do nome de Maia como substituto de Temer já foram discutidas até mesmo na residência oficial do presidente da Câmara, além de estar crescendo na base governista.

Apesar da negativa em Buenos Aires, Maia mudou o comportamento nos bastidores, diz o jornal, depois que a denúncia que acusa Temer de corrupção passiva, apresentada pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, desgastou ainda mais o presidente.

O aceno dos tucanos para Maia veio do presidente interino do partido, o senador Tasso Jereissati, que, nesta quinta, dia 6, disse que o democrata “tem condições” de ser o presidente-tampão por seis meses, até que haja eleições, e “juntar os partidos ao redor de um nível mínimo de estabilidade do país”.

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