Rodrigo Maia novamente eleito presidente da Câmara dos Deputados

Emedebista foi reeleito em primeiro turno, com 334 votos.

O deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) foi reeleito presidente da Câmara dos Deputados em primeiro turno, com 334 votos. Essa é a terceira recondução do político ao cargo, como aponta o site Agência Brasil.

Maia (foto) é primeiro parlamentar a comandar a Câmara por três vezes seguidas
Créditos: Foto: Valter Campanato/ Agência Brasil
Maia (foto) é primeiro parlamentar a comandar a Câmara por três vezes seguidas

Maia – que é o primeiro parlamentar a comandar a Câmara por três vezes seguidas – se emocionou ao final da votação. Ele já havia sido reeleito ao cargo antes, no período de 2017-2019, depois de ocupar o cargo por sete meses, a partir de julho de 2016.

A reeleição do emedebista só foi possível devido à mudança de legislatura. Segundo a Constituição e o Regimento Interno da Câmara, é vedada a recondução de membros da Mesa Diretora na mesma legislatura. O último deputado reeleito em legislaturas diferentes foi Michel Temer, que ocupou o cargo de presidente da Casa nos biênios de 1997-1999 e 1999 a 2001.

Ao agredecer os votos, Maia disse que irá comandar a votação de reformas no país “de forma pactuada”, com integração de governadores, parlamentares e sociedade.

O deputado foi eleito com o apoio do maior bloco parlamentar da legislatura, composto por 301 deputados de 11 partidos. Entre eles, está a a sigla do presidente da República, Jair Bolsonaro, o PSL (52), além de PP (38), PSD (35), MDB (34), PR (33), PRB (30), DEM (29), PSDB (29), PTB (10), PSC (8) e PMN (3).

Conhecido como articulador e habilidoso em negociações com partidos de divergentes correntes ideológicas, Maia conseguiu atrair além da corrente majoritária, apoio de partidos de esquerda como PCdoB e PDT.

O emedebista tem defendido que a reforma da Previdência não seja fatiada por setores e também apoia a elaboração de um novo pacto federativo, para aliviar as dívidas de estados e municípios. “Se nós não reformarmos o Estado brasileiro, cortarmos despesas, não adianta pensar em investimento. O governo federal como um todo, estados e municípios perderam a capacidade de investir e nós só vamos recuperá-la quando tivermos a capacidade de dizer: não dá mais para o Estado brasileiro custar o que custa, não dá mais para Previdência gerar um déficit tão grande como gera a cada ano a favor dos que ganham mais e contra os que ganham menos. A Previdência brasileira é o maior sistema de transferência de renda do mundo, a maior injustiça social do mundo porque beneficia os que se aposentam com R$ 30 mil e prejudica os que se aposentam com um salário mínimo com 65 anos”, argumentou.

Leia a matéria completa no site da Agência Brasil.