Salas ociosas de escolas estaduais vão receber crianças de creche

Há 66 mil crianças de 0 a 3 anos aguardando por vagas na cidade de São Paulo, segundo a prefeitura; não foi definido prazo para que parceria seja efetivada

Salas de aula ociosas de escolas estaduais vão virar creches na cidade de São Paulo, anunciaram o prefeito João Doria e o governador Geraldo Alckmin após reunião na segunda, dia 9, para definição de parcerias.

O prefeito João Doria e o governador Alckmin após reunião

Haverá também uma integração entre as redes estadual e municipal de ensino, com a criação de um calendário único de aulas, que vão começar e terminar juntas, utilização do mesmo material pedagógico utilizado, integrando também os ciclos do ensino fundamental (do 1º ao 9º ano).

A proposta de ampliar as vagas de creche (o déficit atual é de 66 mil vagas, segundo a prefeitura) prevê ainda a construção de novas estruturas nos terrenos de escolas estaduais.

As salas vazias passariam por reformas para criar espaços adequados a crianças de 0 a 3 anos. Segundo informações do jornal “O Estado de S. Paulo”, o secretário de Educação municipal, Alexandre Schneider afirmou que os prédios teriam entradas separadas, com direção independente para cada etapa de ensino.

Logo após tomar posse, Doria anunciou uma outra proposta para reduzir a fila por vagas: transformar agências bancárias vazias  em creches.

O prefeito, no entanto, não divulgou detalhes dessas ações. Também não foram informados prazos nem orçamento para a integração entre Estado e prefeitura. Segundo o secretário de Educação estadual, José Renato Nalini, ainda não foram definidos quais escolas vão ceder espaços.

“Não faz sentido ter salas vazias em escolas, quando temos de pagar água, energia, vigilância para todo o prédio. Se houver o interesse da municipalidade, ela cuida das adaptações necessárias e pode compartilhar o pagamento das despesas”, disse Nalini, segundo o “Estado”.

Na reunião, além da área de Educação, foram feitas parcerias em Saúde, Transporte, Segurança, Habitação e Assistência Social, com a participação dos 22 secretários municipais e dos 25 estaduais.