Salma Hayek é mais uma a denunciar assédio de Harvey Weinstein
Salma Hayek é mais uma a denunciar o produtor Harvey Weinstein. Depois de nomes como Angelina Jolie, Ashley Judd, Gwyneth Paltrow e Uma Thurman relatarem situações de assédio sexual contra ele, a atriz mexicana escreveu um artigo para o “New York Times” expondo a relação doentia que o produtor tinha por ela.
“Por anos, ele foi meu monstro”, diz ela na publicação. “Sabendo o que eu sei agora, eu questiono se não era a relação próxima que tinha com Quentin Tarantino e George Clooney que me salvou de ser estuprada”, questiona ela, que se aproximou do produtor graças ao diretor Roberto Rodriguez, com quem fez “Um Drink no Inferno” e “A Balada do Pistoleiro”.
No artigo, Salma Hayek afirma que assinou um contrato com Weinstein para fazer vários filmes para a Miramax e que, a partir daí, começou a achar a abordagem do produtor estranha.
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“Eu comecei a dizer ‘não’. ‘Não’ para abrir a porta para ele a qualquer hora do dia, hotel atrás de hotel, gravação atrás de gravação, onde ele aparecia de surpresa, incluindo uma produção que ele nem estava envolvido”, revela a atriz.
”Não’ para eu tomar um banho com ele; ‘não’ para ele me oferecer uma massagem; ‘não’ para um amigo dele pelado me dar uma massagem; ‘não’ para ele me fazer sexo oral; ‘não’ para eu aparecer nua ao lado de outra mulher”, acrescenta.
A atriz conta que depois de tantas negativas, o produtor começou a ameaçá-la de morte. “Eu vou te matar, não acredite que eu não consiga”, teria dito ele a atriz. “Para seus olhos, eu não era uma artista, nem uma pessoa. Eu era uma coisa, um corpo”, pondera ela no texto.
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Salma relata ainda que teve que fazer uma cena de sexo com outra mulher no filme “Frida” por exigência do produtor. Eu tive um colapso nervoso, meu corpo tremia, respirava rapidamente e comecei a chorar. Não era porque ficaria nua com uma mulher, mas porque ficaria nua por Harvey Weinstein”, admite ela.
Segundo ela, as denúncias das outras mulheres a inspiraram a contar sua experiência com o produtor. “Eu não considerava minha voz importante, nem que eu pudesse fazer algo a respeito. Na realidade, eu estava tentando me salvar de explicar para aqueles de quem eu gosto algumas experiências pessoais”, confessa a atriz.
No artigo, Salma Hayek ainda alfineta o presidente Donald Trump. “Estou inspirada por aqueles que tiveram a coragem de falar, especialmente em uma sociedade que elegeu um presidente que foi acusado de assédio sexual por mais de uma dúzia de mulheres e que todos nós ouvimos fazer uma declaração sobre como um homem com poder pode fazer qualquer coisa que ele queira para as mulheres.”
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