Torcedores do São Paulo são alvo de racismo na Argentina
Contaminado pelo ódio e manifestações de racismo, homofobia e insultos sexistas, o futebol, não raramente, se torna espelho daquilo que pior semeamos como sociedade: a violência.
Na última quinta-feira, 12, em Rosário, norte da Argentina, torcedores do São Paulo que viajaram ao país vizinho para acompanhar a partida contra o Rosário Central foram alvo de ofensas racistas.
Imagens da Sportv mostraram argentinos chamando os são-paulinos de “macacos”, oferecendo bananas, em meio a cusparadas e objetos arremessados no setor visitante. O caso aconteceu durante jogo válido pela Copa Sulamericana, terminando em zero a zero.
Em resposta aos ataques, os brasileiros teriam roubado uma faixa da torcida argentina, segundo informações de jornalistas locais.
São Paulo pode acionar Conmebol
Após a repercussão do episódio, a diretoria do São Paulo estuda a possibilidade de intervir junto a Conmebol em busca de providências.
Apesar disso, historicamente, a entidade apresenta uma postura complacente em relação a episódios de racismo nos estádios da América do Sul – sobretudo quando envolve jogadores brasileiros.
Há quase 13 anos, o São Paulo protagonizou uma batalha extracampo contra o zagueiro argentino Leandro Desabato, que em jogo da Libertadores, chamou o ex-atacante Grafite de “Macaquito de Mierda”.
Na época, o jogador do Quilmes recebeu voz de prisão ao fim da partida e foi encaminhado à Polícia Civil. Ele passou duas noites encarcerado e só foi liberado após pagar fiança de R$ 10 mil.
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