Secretário de Santos que postou foto machista pede afastamento
Professor Fabião divulgou em seu Instagram uma foto indiscreta de uma mulher durante shows do Rock in Rio
Um post machista de Fábio Nunes, secretário municipal da Cultura de Santos, litoral de São Paulo, provocou polêmica no último domingo, dia 24. Após o caso, a prefeitura da cidade se manifestou e disse que ele pediu afastamento do cargo.
“O governo municipal considerou inadequado e reprovável o post do secretário de Cultura, Fábio Nunes, em página pessoal de rede social, cujo conteúdo não condiz com a política municipal, que é de luta pela valorização da mulher, de direito à privacidade e contra a objetificação”, diz a nota da prefeitura.
“Fábio Nunes desculpou-se publicamente e, convocado e repreendido pelo prefeito Paulo Alexandre Barbosa, afirmou que não teve a intenção de ofender ou desvalorizar a mulher. Profundamente abatido com a repercussão do ato, o secretário solicitou afastamento temporário do governo, servindo-se do período de férias a que tem direito, para, assim, poder se defender e superar este momento”, completa o texto.
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O caso
O secretário, conhecido como Professor Fabião, divulgou em seu Instagram uma foto indiscreta de uma mulher de short durante shows do Rock in Rio. A imagem estava acompanhada da legenda: “Rock in Rio por outro ângulo. Intervalo do show, deitar na grama. Relax”.
As críticas começaram a surgir e questionavam a mensagem machista e a exposição gratuita da garota fotografada.
A primeira reação do secretário foi fazer um post defendendo sua “liberdade de expressão“. Nele, pedia desculpas aos que “não concordaram com a minha postura em relação à minha interpretação da imagem quanto às liberdades individuais e coletivas”.
Pouco depois, o professor e político divulgou um comunicado oficial com um texto. Nele, pedia desculpas aos que se sentiram ofendidos pela postagem, particularmente às “mulheres, ao governo e ao povo de Santos”, e dizia ter se tratado de uma “brincadeira”.
Mas seguiu com o argumento de “liberdade de expressão”. Vale lembrar: respeito também tem de ser um direito inalienável, caro secretário.
- Relembre o caso: