Segundo cientista, Amazônia teve 2 milhões de km² degradados; leia estudo completo
A publicação de Antonio Nobre é um relatório de 200 estudos sobre a região; seca no Sudeste pode ter relação com o desmatamento
Segundo o estudo “O Futuro Climático da Amazônia”, do biogeoquímico Antonio Nobre, a função climática da Amazônia na América do Sul está sofrendo graves riscos. O fenômeno é uma conseqüência do desmatamento e degradação da floresta.
O estudo aponta que 20% da floresta foi desmatado e outros 20% foi degradado nos últimos 40 anos. Totalizando 2 milhões de km2 de devastação – 1,225.100 km2 de degradação e 762.979 km2 de corte raso.
A área equivale a 3 Estados de São Paulo, ou a França e Alemanha somadas ou 184 milhões de campos de futebol.
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Sudeste
Segundo o estudo, a seca do sudeste pode ter sido influenciada pelo desmatamento da Amazônia.
Isso porque as plantas da amazônia transpiravam 4mm por dia e, após a transformação da floresta em pasto para o gado, o número baixou para 1mm por dia.
Como a floresta funciona como uma espécie de bomba de umidade de todo o continente, além da diminuição das chuvas na região, as nuvens também não são mais empurradas para o sul do continente a leste do Andes.