Segundo perito, William Waack falou “preto” em vídeo vazado

Notícia divulgada pela coluna Notícias da TV, do Uol, no fim da manhã desta sexta-feira, 10, revelou novos detalhes sobre o afastamento do jornalista da Rede Globo, William Waack. Uma observação técnica feita para o site reafirma, ainda que com ressalvas, a fala racista do âncora do Jornal da Globo conhecida na ocasião em que ele se dirige ao convidado Paulo Sotero. 

Em entrevista ao Uol, o perito Maurício de Cunto comentou sobre o episódio. “A má qualidade nos obriga a emitir pareceres sobre o que realmente é dito com ressalvas. Minhas observações quanto ao que é falado por William Waack a Paulo Sotero, neste momento, apontam para ‘Preto, (né)…Preto, né?’, onde os parênteses indicam dificuldade maior de se identificar os fonemas”, explica o especialista, mestre em fonoengenharia, que, recentemente, participou da perícia oficial do áudio da conversa gravada entre o presidente Michel Temer e o empresário Joesley Batista.

O engenheiro eletrônico, no entanto, explica que apesar das evidências é preciso levar em conta a baixa qualidade do áudio em questão. “A perícia é uma atividade baseada em ciências exatas, mas quando você tem muito ruído, tem uma informação que só pode aparentar uma coisa. Temos que deixar isso claro desde o início”, justifica.

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Divulgado nas redes sociais na ultima quarta-feira, 8, o episódio de racismo logo ganhou repercussão em todo o país. Na gravação, o jornalista aparece pronunciando as palavras “É preto… É coisa de preto, né?”, antes de aparecer ao vivo na cobertura das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em 2016.