Segurança que matou jovem no Extra já foi condenado por agressão
Davi Amâncio dava socos e ponta-pés na ex-companheira na frente dos filhos
O segurança Davi Amâncio, que matou o jovem Pedro Gonzaga, na última quinta-feira (14), com uma “gravata” no supermercado Extra da Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro, já havia sido condenado por lesão corporal após agredir a ex-companheira, e por isso não poderia exercer a função de vigilante, segundo apurou o “Fantástico”, da TV Globo.
A ex-esposa de Davi contou que a agressão aconteceu depois de “uma discussão motivada por ciúmes”, seguida de “vários socos no rosto, na frente dos seus filhos”.
A condenação de Davi o impede de trabalhar como vigilante. Segundo o Fantástico, ele fez o curso de vigilante em maio de 2017 e foi contratado em dezembro do mesmo ano. A condenação pela agressão saiu dias depois da contratação.
Segundo a Polícia Federal, a documentação de Davi seria revista no curso de reciclagem previsto para maio de 2019. A PF afirma que não tem como saber que algum vigilante foi condenado neste intervalo.
O laudo do IML aponta que a morte do jovem foi causada por estrangulamento. Imagens mostram que o segurança permaneceu sobre Pedro Henrique por pelo menos sete minutos, apesar dos apelos da mãe de Gonzaga. As imagens e o depoimento de uma amiga da mãe do rapaz à polícia mostram que o segurança respondeu dizendo que a mãe estava mentindo.
O caso está sendo investigado pela Delegacia de Homicídios. O segurança foi preso em flagrante por homicídio culposo, quando não há intenção de matar. Entretanto, o suspeito foi solto após pagar fiança.