Segurança que matou jovem no Extra já foi condenado por agressão

Davi Amâncio dava socos e ponta-pés na ex-companheira na frente dos filhos

O segurança Davi Amâncio, que matou o jovem Pedro Gonzaga, na última quinta-feira (14), com uma “gravata” no supermercado Extra da Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro, já havia sido condenado por lesão corporal após agredir a ex-companheira, e por isso não poderia exercer a função de vigilante, segundo apurou o “Fantástico”, da TV Globo.

A ex-esposa de Davi contou que a agressão aconteceu depois de “uma discussão motivada por ciúmes”, seguida de “vários socos no rosto, na frente dos seus filhos”.

Segurança na hora que estrangulava Pedro com um mata leão
Créditos: Reprodução/YouTube
Segurança na hora que estrangulava Pedro com um mata leão

A condenação de Davi o impede de trabalhar como vigilante. Segundo o Fantástico, ele fez o curso de vigilante em maio de 2017 e foi contratado em dezembro do mesmo ano. A condenação pela agressão saiu dias depois da contratação.

Segundo a Polícia Federal, a documentação de Davi seria revista no curso de reciclagem previsto para maio de 2019. A PF afirma que não tem como saber que algum vigilante foi condenado neste intervalo.

O laudo do IML aponta que a morte do jovem foi causada por estrangulamento. Imagens mostram que o segurança permaneceu sobre Pedro Henrique por pelo menos sete minutos, apesar dos apelos da mãe de Gonzaga. As imagens e o depoimento de uma amiga da mãe do rapaz à polícia mostram que o segurança respondeu dizendo que a mãe estava mentindo.

O caso está sendo investigado pela Delegacia de Homicídios. O segurança foi preso em flagrante por homicídio culposo, quando não há intenção de matar. Entretanto, o suspeito foi solto após pagar fiança.

Jovem Pedro, de 19 anos, assassinado por segurança do supermercado Extra, no Rio de Janeiro
Créditos: Reprodução/Facebook
Jovem Pedro, de 19 anos, assassinado por segurança do supermercado Extra, no Rio de Janeiro