Senhora de 92 anos carrega a mesma placa há 30 anos na Parada Gay
Muitas vezes, fotografias podem revelar histórias que nunca teriam sido descobertas. A trajetória de uma senhora de 92 anos nas Paradas Gays de Nova York é um exemplo disso. Há 30 anos, Frances Goldin é fotografada na manifestação carregando a mesma placa que diz: “Eu adoro minhas filhas lésbicas. Mantenha-as a salvo.”
Imagens dela foram compartilhadas recentemente nas redes sociais, o que fez com que as pessoas investigassem mais sobre sua história. Foi descoberto, portanto, que suas filhas Reeni, 68, e Sally, 70, moram nos estados de Nova York e Califórnia.
Ambas assumiram sua sexualidade depois da primeira Parada Gay na cidade de Nova York, em 1970. O evento acontece todo ano no último sábado de junho e, segundo Frances, ela o frequenta desde o início – sempre carregando sua placa.
- Dicas para curtir as regiões gay friendly do Canadá
- 10 cidades para celebrar o Orgulho Gay pelo mundo
- 8 cidades mundo afora para curtir arte urbana
- Policial é filmado dançando durante Parada Gay de Nova York
Esta, pintada por um amigo urbanista, chama a atenção de muitos manifestantes. Principalmente de jovens que, ao ver a placa, sentem-se acolhidos e pedem para Frances ligar ou conversar com seus pais. Ela, então, faz exatamente isso: já enviou cartas para diversas pessoas, tentando mudar a maneira como algumas delas pensam em relação aos filhos.
Às vezes, Reeni e Sally não podiam frequentar a Parada e sua mãe ia de qualquer maneira. Nestas situações, acabava adotando outras filhas durante o evento. A senhora de 92 anos só deixou de ir à manifestação poucas vezes, em casos extremamente compreensíveis como quando teve um ataque cardíaco. Neste ano, ela participou mesmo de cadeira de rodas.
- Idosa muda de vida depois de começar a praticar yoga
- Velhinha fofa de 90 anos deixa quimioterapia de lado para viajar estrada afora
Frances já agiu em relação à outras causas. Em 2011, ela participou do protesto Occupy Wall Street (Ocupe Wall Street, em inglês) e, em 1960, de uma luta para salvar uma parte de um bairro de Nova York – inspirando um documentário chamado “It Took 50”. Ela, inclusive, já foi presa por volta de dez vezes.
Além de ser ativista e apoiar e respeitar a sexualidade de suas filhas, ela é uma agente literária que fundou seu próprio estabelecimento. Muito amor por essa velhinha.