Sindicato critica Google por apagar Palestina dos mapas
O Google está sendo criticado por ativistas e pelo sindicato Fórum de Jornalistas Palestinos após retirar de seu aplicativo de mapas o nome da Palestina de uma região na qual só está Israel.
Na versão atual do “Google Maps”, não aparecem nem “Cisjordânia”, nem “Palestina”, enquanto nos territórios israelenses é possível ver o nome do país. Também não há a identificação da Faixa de Gaza, apenas a cidade de Gaza.
Na quarta-feira, dia 3, o sindicato emitiu um comunicado em que repudiava a decisão do Google e a qualificava como “parte de um plano israelense para estabelecer seu nome como o de um Estado legítimo para as gerações vindouras e abolir a Palestina de uma vez por todas”.
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“A medida também está projetada para falsear a história, a geografia, assim como o direito do povo palestino à sua pátria, e representa uma tentativa fracassada de alterar a memória de palestinos e árabes, assim como a do mundo”, acrescentava o texto, divulgado pelo site “Middle East Monitor”.
Depois da polêmica, o sindicato, que reúne 850 membros da Cisjordânia e de Gaza, pediu explicações ao Google, mas ainda não teve uma resposta.
A empresa norte-americana tem sido alvo de críticas nas redes sociais e foi acusada de hostilidade com a Palestina. O Twitter repercutiu o caso com a hashtag #PalestineIsHere (“Palestina é aqui”).
Em comunicado oficial, publicado pelo jornal EL PAÍS, a empresa com sede na Califórnia explicou que as informações dos mapas vêm de diversas fontes. “Os dados básicos (como os nomes de lugares, fronteiras ou rodovias) são obtidos de uma combinação de fornecedores e fontes públicas. Em geral, essa informação é muito completa e se atualiza continuamente, mas a quantidade de dados com que contamos varia de um lugar para outro”.