Sob suspeita de assédio em vagão, funcionário do metrô é detido em SP

Este é o quarto caso de abuso sexual ocorrido em trens ou metrôs em 2015

03/06/2015 12:54 / Atualizado em 04/05/2020 17:29

Apenas em 2015, quatro casos de abuso sexual foram registrados em alguma estação de metrô ou trem na capital paulista. O mais recente aconteceu na manhã da última sexta-feira, 29 de maio, envolvendo um supervisor de manutenção da companhia metroviária, detido em flagrante após se masturbar e mostrar o pênis para uma jovem de 23 anos dentro de um vagão entre as estações Conceição e Jabaquara. Em seis anos, essa foi a terceira vez que o homem se envolveu em casos de assédio no transporte público da cidade.

Em entrevista à Folha de S. Paulo, a vítima contou que o assédio aconteceu por volta das 8h30 de sexta-feira, quando o vagão se encontrava vazio, já que seguia no contrafluxo. De repente, foi surpreendida pelo agressor que começou a encará-la com a mão dentro da calça.

Nos últimos meses, inúmeros casos de abuso foram registrados nos transportes públicos da capital paulista
Nos últimos meses, inúmeros casos de abuso foram registrados nos transportes públicos da capital paulista

Após se masturbar o metroviário colocou o órgão sexual para fora e apontou em direção à vítima, que se levantou em direção à porta de saída.

Perseguição atrás do agressor

Quando o trem chegou ao Jabaquara, o suspeito desembarcou e a vítima decidiu então segui-lo. Ao perceber que ele deixaria a estação, pediu ajuda aos seguranças que o detiveram na saída da estação. Levado para Delegacia do Turista, o homem assinou um termo circunstanciado por ato obsceno e importunação ofensiva ao pudor e, em seguida, foi liberado.  

 Histórico 

Detido pela primeira vez em 2009,  quando não trabalhava no Metrô, o agressor conta com um histórico de ocorrências envolvendo seu nome. Há dois anos, em 2013, foi indiciado por abuso sexual. Em ambos os casos, também assinou um termo circunstanciado e foi liberado, à espera de decisão judicial, pois os delitos são considerados de menor gravidade. Segundo a polícia, o metroviário trabalha na empresa desde 2010 e é casado.

Nota

Por meio de nota, o Metrô afirmou que o funcionário em questão foi demitido, embora não tenha afirmado a data da demissão. A companhia disse ainda que “repudia o abuso sexual e não compactua nem tolera a postura individual deste ex-funcionário.”

Confira a matéria completa no site da Folha de S. Paulo.