Sofreu assédio no Carnaval? Conte pra gente
Neste ano, vamos dar mais abrangência na coleta de relatos de vítimas de assédio durante o Carnaval e apontar os locais em que a foliã é mais vulnerável
Com o objetivo de não silenciar sobre os assédios sexuais que acontecem no Carnaval, a campanha #CarnavalSemAssédio vai juntar forças com outra, a #AconteceuNoCarnaval.
Com o reforço das redes Meu Recife, Mete a Colher, Minha Sampa e Women Friendly, vamos dar maior abrangência na coleta de relatos de vítimas de assédio durante o Carnaval e apontar os locais em que a foliã é mais vulnerável.
“Para tornar tudo mais interativo e com maior impacto, vamos utilizar o site da campanha para recolher todos os relatos recebidos. Assim, garantimos que as mulheres, de forma simples, reportem o assédio que sofreram”, explica Renata Albertim, co-fundadora da startup Mete a Colher.
- Entenda os sintomas da pressão alta e evite problemas cardíacos
- USP abre vagas em 16 cursos gratuitos de ‘intercâmbio’
- Psoríase: estudo revela novo possível fator causal da doença de pele
- Escovar os dentes ajuda a prevenir grave doença, revela Harvard
A campanha conta com o apoio da ONU Mulheres, da ONG Plan International, dos coletivos Vamos Juntas? e Nós, Mulheres da Periferia, do bloco Mulheres Rodadas, do Sistema Jornal do Commercio de Comunicação, In Loco Media e da Rede Nossas Cidades.
Em 2018, a expectativa é impactar mais de 4 milhões de pessoas principalmente nas cidades de Olinda, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo, além de contabilizar mais de 5.000 depoimentos até o final do mês de fevereiro. No ano de 2017, a campanha reuniu cerca de 700 participações.
“Quando contabilizamos os relatos recebidos do último Carnaval, comprovamos que o assédio durante a festa está longe de chegar ao fim”, diz Isabel Albuquerque, da Rede Meu Recife.
“O Carnaval de rua em São Paulo cresceu muito nos últimos anos e já está entre um dos maiores do país. As mulheres têm que poder curtir essa festa sem se preocupar com assédio sexual”, defende Karolina Bergamo, mobilizadora da Minha Sampa.
A ideia da campanha não é substituir a denúncia que deve ser feita na Delegacia da Mulher, tampouco o acompanhamento psicossocial a que a vítima deve recorrer, como os centros de referência do estado e município. Madalena Rodrigues, advogada do Meu Recife, explica: “Sabemos que assédio sexual é um dos crimes mais subnotificados que temos, no entanto, é muito importante reunirmos dados para conseguir, junto às Secretarias da Mulher, uma política pública que auxilie as mulheres nos próximos Carnavais”.
Para Ana Addobbati, fundadora da Women Friendly, “a campanha é mais do que necessária. Quanto mais as mulheres denunciarem, mais chances temos de garantir que o Carnaval do Brasil seja amigo da mulher”.
Conheça mais sobre a campanha #CarnavalSemAssédio: