STJ afasta Witzel do governo do RJ; Pastor Everaldo é preso

A Justiça também determinou a prisão do Pastor Everaldo, presidente do PSC

Por: Redação

O STJ (Superior Tribunal de Justiça) determinou nesta sexta-feira, 28, o afastamento imediato do governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), por irregularidades em contratos da saúde no combate à covid-19. O vice-governador Cláudio Castro vai assumir o cargo.

A decisão do ministro Benedito Gonçalves, inicialmente válida por seis meses, ainda proíbe o acesso de Witzel às dependências do Palácio Guanabara, sede do governo do estado, e o contato com funcionários e utilização dos serviços.

Alerj autoriza processo e Witzel está mais perto do impeachment

O governador Wilson Witzel foi afastado do cargo por 180 dias
Créditos: Reprodução/TV
O governador Wilson Witzel foi afastado do cargo por 180 dias

Em sua decisão, o ministro Benedito Gonçalves, entendeu ser suficiente o afastamento do cargo para fazer cessar as supostas atividades de corrupção e lavagem de dinheiro.

O governador e outras oito pessoas, incluindo a primeira-dama Helena Witzel, também foram denunciados pela PGR (Procuradoria-Geral da República) por corrupção, que chegou a pedir a prisão de Wilson Witzel, mas que foi negada pelo STJ.

Em nota, a defesa de Witzel disse que “recebe com grande surpresa a decisão de afastamento do cargo, tomada de forma monocrática e com tamanha gravidade”.

Pastor Everaldo preso

A Polícia Federal também cumpre nesta manhã mandado de prisão contra o presidente do PSC, Pastor Everaldo.

O ministro Benedito Gonçalves, do STJ, ainda expediu mandados de busca e apreensão contra Helena Witzel, o presidente da Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro), André Ceciliano (PT);e o desembargador Marcos Pinto da Cruz.

Policias federais cumprem mandados no Palácio Laranjeiras, sede do governo do Rio de Janeiro
Créditos: Reprodução/TV Globo
Policias federais cumprem mandados no Palácio Laranjeiras, sede do governo do Rio de Janeiro

Ao todo a PF cumpre 16 mandados de prisão, sendo seis preventivas e 10 temporárias, e 82 de busca e apreensão no âmbito da Operação “Tris in Idem”, que é desdobramento da Operação Placebo, que investiga corrupção em contratos públicos do governo do Rio.