‘Surubões’ de Bruxelas atraem políticos de nove países, diz organizador

Os seus eventos são 'sem camisinha', mas todos frequentadores são testados para covid-19

06/12/2020 16:11

Na última sexta-feira de novembro, o eurodeputado de extrema-direita József Szájer foi flagrado em uma orgia –regada a drogas e álcool– com aproximadamente 25 homens, em  Bruxelas, na Bélgica. Com a repercussão do caso o organizador do evento, Dawid Manzheley, de 36 anos, concedeu entrevista ao jornal polonês “Onet” e afirmou receber políticos de nove países nesses “surubões“.

Dawid Manzheley, organizador de orgias, e o político húngaro József Szájer
Dawid Manzheley, organizador de orgias, e o político húngaro József Szájer - Reprodução/Redes sociais

Manzheley, que se considera um amador que organiza orgias com até uma centena de participantes, é polonês e começou a preparar festas sexuais durante o lockdown na capital da União Europeia.

Segundo ele, seus eventos eram “sem camisinha”, mas que todos os frequentadores são testados para covid-19.

O organizador disse também que os participantes políticos têm “família” e que, desde o início das festas, manifestaram o desejo de manter segredo sobre as orgias.

A Bélgica impõe toque de recolher das 22h às 6h, devido à pandemia do novo coronavírus, e permite reuniões de no máximo quatro pessoas.

József Szájer

Eurodeputado de extrema-direita é flagrado em orgia com 25 homens
Eurodeputado de extrema-direita é flagrado em orgia com 25 homens - Divulgação

Szájer é uma das principais lideranças ultraconservadoras na União Europeia e pregava a defesa de uma “identidade cristã” do continente e de seu país natal, perseguindo migrantes, opositores e a comunidade LGBTQIA+.

Ele tinha renunciou repentinamente sua posição no Parlamento da União Europeia ainda no domingo passado, 29. Entre 1990 e 2004, Szájer ocupou uma cadeira na Assembleia Nacional da Hungria, quando foi eleito para o Europarlamento.

“A polícia disse ter encontrado pílulas de ecstasy, mas não eram minhas. Não sei quem as colocou ali nem como”, afirmou. “Sinto muito por ter violado as regras sobre reuniões, foi algo irresponsável da minha parte.”

“Peço desculpas à minha família, aos meus colegas e aos meus eleitores. Esse passo em falso foi estritamente pessoal, sou o único responsável por isso. Peço a todos que não o estendam à minha pátria ou à minha comunidade política”, concluiu.