Suspeito de matar ex não aceitava fim da união, dizem testemunhas
O crime aconteceu no último domingo, 18, no Rio de Janeiro
A Polícia do Rio de Janeiro continua investigando o assassinato de Fernanda de Souza Siqueira, de 29 anos, morta na tarde do último domingo, 18, na porta do prédio onde morava com seu ex-marido, Vanclécio Cordeiro, de 28, principal suspeito no caso. Os dois moravam juntos em Vicente de Carvalho, na zona norte do Rio de Janeiro. O motivo do crime teria sido a insatisfação do acusado com o fim do relacionamento.
De acordo com informações do jornal Extra, Fernanda foi até o imóvel para devolver a chave, a pedido de Vanclécio. Uma faca com cerca de 30 centímetros, usada no crime, foi apreendida no local.
Segundo o delegado Luís Otávio Franco, duas testemunhas foram ouvidas e confirmaram o envolvimento do suspeito, que está foragido da Justiça.
“Não interrompemos a perseguição desde que tivemos notícia do crime. Ele fugiu do local de carro, mas acabou batendo e seguiu a pé. Temos alguns endereços de referências, e as equipes estão na rua fazendo buscas. Se ele for pego ainda hoje [na segunda-feira, 19], de forma ininterrupta, vamos prendê-lo em flagrante. Caso contrário, vamos pedir ao Plantão Judiciário a prisão temporária”, afirmou o delegado.
Ainda segundo Franco, parentes relataram episódios constantes de brigas entre o ex-casal, porque o suspeito não aceitava o fim da relação, “mas ela [Fernanda] nunca procurou a polícia para incriminá-lo pela Lei Maria da Penha”. “As agressões evoluíram e acabaram ocasionando a morte da vítima”, completou Franco.
De acordo com o Extra, Fernanda e Vanclécio se casaram em 2015 e estavam separados há cerca de três meses. Pessoas próximas atestam comportamento agressivo do acusado, mas relataram que o mesmo nunca havia agredido fisicamente a vítima.
A cunhada de Fernanda disse que Vanclécio era muito ciumento e que em uma das brigas do casal, que culminou na separação, ele chegou a quebrar o vidro do banheiro com um carregador do celular.
Violência contra a mulher
Atualmente, só no Brasil, o número de mulheres que morrem ou são violentadas é alarmante e demanda conscientização sobre os direitos e liberdades de cada um. No período de 1 ano, entre março de 2016 e 2017, o país registrou 8 casos do crime por dia.
Saiba como funciona a Central de Atendimento à Mulher – ligue 180
Assédio e violência são as principais preocupações das mulheres. A pesquisa foi realizada pelo Instituto Ipsos em 27 países, incluindo o Brasil. Entenda o estudo.