Tabata Amaral empregou o namorado por 50 dias, e ele recebeu R$ 23 mil
O colombiano Daniel Alejandro Martínez trabalhou apenas durante a campanha eleitoral da deputada em 2018, portanto isso não configura crime
Durante a campanha eleitoral de 2018, a deputada federal Tabata Amaral (PDT-SP) empregou o próprio namorado, o colombiano Daniel Alejandro Martínez, para trabalhar durante 50 dias, e o pagou a importância de R$ 23.050 pela prestação de serviços de análise estratégica.
A atitude da parlamentar não configura nenhum tipo de crime. Porém, a Exame, quando questionou Tabata sofre quais tipos de serviço o namorado teria prestado, recebeu uma resposta bastante padrão.
“A campanha de Tabata Amaral cumpriu as leis eleitorais na contratação de seus serviços e pessoas. Todas as informações são públicas e estão no portal do TSE. A deputada não vai comentar o assunto”., escreveu a assessoria da parlamentar.
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Apesar de muitos internautas estarem criticando a atitude da parlamentar, empregar o namorado durante a campanha não pode ser considerado ilegal. Isso porque, na época, Tabata não havia assumido o cargo público.
Durante a campanha eleitoral, Tabata recebeu cerca de 1,3 milhão de reais. O maior doador foi a direção nacional do PDT, que repassou 100 mil reais para a agora deputada. E, segundo a prestação de contas da campanha ao TSE, Martínez recebeu o quarto maior pagamento da campanha dado a pessoas físicas.
Suspensão do PDT
O PDT (Partido Democrático Trabalhista) decidiu abrir processos disciplinares e suspender temporariamente a deputada federal Tabata Amaral (SP) e outros sete integrantes da bancada do partido que votaram a favor da Reforma da Previdência na primeira fase da tramitação na Câmara.
A decisão foi tomada em reunião na manhã desta quarta-feira, 17, entre a executiva nacional, a comissão de ética e os presidentes do Movimentos Sociais do partido. Leia mais aqui.