Tatuador atende a um dos últimos pedidos de menino com câncer
As vezes não temos ideia do impacto que causamos na vida das pessoas, aqui mesmo no Inquietaria sempre recebo e-mails de vocês agradecendo pelas publicações inspiradoras que fazemos.
Talvez vocês não tenham ideia, mas esse feedback é o que me faz continuar a querer publicar histórias transformadoras, e se torna uma via de mão dupla: eu me transformo daqui e vocês daí quando leem. ;)
Muitas profissões tem em sua essência transformar vidas de imediato, como medicina, por exemplo. Mas o ponto que quero chegar é que, independente do que você trabalha, é possível tocar o coração das pessoas de forma única e profunda.
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Recentemente, o site Frrrk Guys publicou uma história ao mesmo tempo emocionante e triste, de um tatuador mineiro Alcides Corrêa, conhecido como Cidin, que realizou o desenho do pequeno Victor de ter desenhos na sua pele.
O garoto, na época com 12 anos, era um garoto saudável e cheio de vida, mas começou a sentir fortes dores nas costas, e depois de alguns exames médicos feitos, descobriram um tumor que estava comprimindo a medula cervical, impossibilitando que ele pudesse andar. Foi quando se fez necessário o uso de uma cadeira de rodas e foi justamente nesse momento que Cidin conheceu Victor.
Durante o tratamento, os remédios fizeram com que seu corpo ficasse bastante inchado, o tumor infelizmente foi se tornando mais agressivo e acabou se espalhando por todo o corpo do garoto.
Victor seguia lutando bravamente contra o tumor e dentro das limitações da doença, buscava realizar os seus sonhos e vontades. Ter uma tatuagem em seu corpo era um desses sonhos. Quando o tatuador ficou sabendo disso, comprou algumas canetas e foi até a casa do menino, onde ele estava acamado, e fez lindos desenhos em todo o braço de Victor.
Alcides disse que ficou muito feliz de poder proporcionar aquele momento, e que Victor ficou tão feliz que ele acabou deixando as canetas com ele para que pudesse fazer outros desenhos.
Alcides pensava em fazer novos desenhos em Victor, mas infelizmente ele veio a falecer, no auge dos seus 14 anos de idade. Lutou corajosamente durante todo o tratamento, e sempre com a alegria inabalável típica das crianças. Em entrevista ao mesmo site, ele disse “A felicidade que proporcionei para ele, nem se compara ao que me trouxe de retorno.”
Antes que o tatuador pudesse ter um novo encontro, e fazer um novo desenho em Victor, ele faleceu na flor de seus 14 anos de idade. Lutou bravamente até o fim e com aquela alegria típica de quando somos crianças e todo o universo é um gigantesco playground. Alcides lembra saudoso que o garoto era muito querido.
O site finaliza:
“Muitas vezes com muito pouco, podemos melhorar muito a vida das pessoas. Atitudes simples, mas que enriquecem afetivamente falando esse mundo nosso. Aqui é aquele momento bem peculiar onde as marcas corporais – ainda que temporárias e efêmeras – alcançam os cantinhos mais frios do nosso coração. É como se quiséssemos apenas recolher todas essas pessoas em um abraço e, exatamente nesse abraço morar.”
Fica aqui nossos sentimentos aos familiares de Victor, e o sempre incrível aprendizado de que pequenos gestos são capazes de iluminar e transformar a vida das pessoas pra sempre, parabéns ao Alcides pela postura de compaixão com toda essa história e por saber o poder que sua profissão tem de encantar um número gigante de pessoas, em especial as crianças.
Que essa história inspire você a encontrar um trabalho que te conecte (de verdade) com outras pessoas e faça seu coração vibrar.