Tema debatido no Brasil, educação de gênero é lei na Argentina

Enquanto o Ministério da Educação da Argentina investe em capacitação docente para incluir a perspectiva de gênero e conteúdos relacionados sobre sexualidade nas escolas de ensino fundamental, no Brasil ainda é um tema polêmico e bastante debatido.

A Argentina conta, desde 2006, com a Lei Nacional de ESI (Educação Sexual Integral). O documento garante aos professores que lecionam em redes públicas e particular de todo o país, profissionais que dão aula para educação infantil (crianças com até cinco anos) e que ensinam para o ensino médio, o direito de trabalhar em sala de aula conteúdos relacionados à sexualidade.

Quando a lei foi sancionada, em 2008, o Conselho Federal de Educação definiu os pilares para guiar a ESI: perspectiva de gênero, foco em direitos, o respeito à diversidade, o cuidado com o corpo e a saúde e a valorização da afetividade.

Quando a lei foi sancionada, em 2008, o Conselho Federal de Educação definiou os pilares para guiar a ESI

No entanto, apesar de setes anos que já passaram após a aprovação da lei, ainda existem dificuldades para que a regra seja aplicada em todos os estados argentinos.

Outra dificuldade que o país enfrenta é o caráter transversal da educação sexual, ou seja, que professores de todas as matérias trabalhem seus conteúdos com a perspectiva de educação sexual em sala de aula.

Por mais que existam dificuldades para que a lei seja seguida na Argentina, o país serve como um modelo de educação de gênero para o Brasil inspirar-se.