Temidas, rebeldes e perigosas: 10 histórias de mulheres que revolucionaram o mundo

Longe das salas de aula: lista destaca dez nomes de mulheres que tiveram papel fundamental na história

15/09/2014 17:02 / Atualizado em 05/05/2020 16:44

Che Guevara, Gandhi, Malcom X são alguns dos mais conhecidos nomes da história de  lutas populares dos últimos cem anos. Estampam camisetas, bandeiras, tem suas histórias contadas em livros e filmes, representadas sempre de forma heroica.

Apesar disso, nenhuma dessas trajetórias jamais seria escrita sem a participação de inúmeras mulheres, companheiras de luta, empunhadas de rifles ou apenas uma caneta em mão, entregando a vida por aquilo que um dia acreditaram.

Blanca Canales foi uma das poucas mulheres na história a liderarem uma revolta contra os EUA
Blanca Canales foi uma das poucas mulheres na história a liderarem uma revolta contra os EUA

Para relembrar a contribuição de algumas das mais importantes heroínas dos tempos modernos, uma lista divulgada pelo site Whizzpast destaca a participação de nomes como Celia Sanchez – fundamental para a campanha revolucionária de 1959  em Cuba- e Katlheen Neal Cleaver, célebre integrante dos Panteras Negras, grupo fundado na década de 1960 nos Estados Unidos. Entre tiros e ideias, confira essas histórias: 

Companheira de Vladimir Lênin nos anos de União Soviética,  Nadezhda foi um dos nomes mais contundentes entre o bolcheviques. Assumiu o cargo de Ministra da Educação e, além disso, lutou por melhores oportunidades educacionais para trabalhadores e camponeses.

Dedicou-se também a tornar as bibliotecas disponíveis para toda a população
Dedicou-se também a tornar as bibliotecas disponíveis para toda a população

 

Condessa anglo-irlandesa revolucionária, sufragista, socialista, Constance Markievicz participou de inúmeros esforços para a independência da Irlanda, incluindo a Revolta da Páscoa, em 1916, onde teve um papel de liderança. Constance foi uma das primeiras mulheres no mundo a conseguir uma posição ministerial (Ministra do Trabalho da República Irlandesa, 1919-1922).

Durante combate contra as tropas britânicas, foi a única mulher entre os 70 prisioneiros que foram confinados em solitária
Durante combate contra as tropas britânicas, foi a única mulher entre os 70 prisioneiros que foram confinados em solitária

Na Revolução Mexicana, as combatentes mulheres ficaram conhecidas por soldaderas ao lado dos homens. Entre elas, uma das mais conhecidas foi Petra Herrera, que se disfarçou de homem e passou a se chamar “Pedro Herrera”. Como Pedro, ela estabeleceu sua reputação ao demonstrar liderança exemplar e terminou por se revelar como mulher.

Petra abandonou as forças de Villa e formou sua própria brigada composta só de mulheres
Petra abandonou as forças de Villa e formou sua própria brigada composta só de mulheres

Nigeriana da etnia Ibo, participou de uma curta guerra que é considerada o primeiro grande desafio da autoridade britânica no oeste da África, durante o período colonial.

À frente da Guerra das Mulheres, 25 mil mulheres de toda a região se envolveram nas manifestações, protestando tanto contra as mudanças nas leis tributárias, como pelo poder irrestrito das autoridades.

Cerca de 25 mil mulheres de toda a região se envolveram nas manifestações, protestando tanto contra as mudanças nas leis tributárias, como pelo poder irrestrito das autoridades
Cerca de 25 mil mulheres de toda a região se envolveram nas manifestações, protestando tanto contra as mudanças nas leis tributárias, como pelo poder irrestrito das autoridades

Conhecida como “Capitã Lakshmi”, Lakshmi Sehgal foi uma revolucionária no movimento de independência da Índia, oficial do exército nacional indiano e, depois, Ministra dos Assuntos para Mulheres no governo Azad Hind. Na década de 1940, ela comandou o regimento Rani de Jhansi – um regimento composto apenas por mulheres que visavam derrubar o Raj britânico na Índia colonial.

O regimento foi um dos poucos que tiveram combatentes apenas de mulheres na Segunda Guerra Mundial
O regimento foi um dos poucos que tiveram combatentes apenas de mulheres na Segunda Guerra Mundial

Uma das fundadoras do grupo de resistência não-violenta antinazista Rosa Branca, a revolucionária alemã Sophie Scoll  promoveu a resistência ativa ao regime de Adolf Hitler por meio de uma campanha anônima de panfletagem e grafite. Em fevereiro de 1943, ela e outros membros do grupo foram presos por entregarem panfletos na Universidade de Munique e sentenciados à morte por guilhotina.

Em fevereiro de 1943, ela e outros membros do grupo foram presos por entregarem panfletos na Universidade de Munique e sentenciados à morte por guilhotina
Em fevereiro de 1943, ela e outros membros do grupo foram presos por entregarem panfletos na Universidade de Munique e sentenciados à morte por guilhotina

 

Blanca Canales – Nacionalista porto-riquenha, fundou o grupo “Filhas da Liberdade” – ala feminina do Partido Nacionalista Porto-Riquenho, sendo uma das poucas mulheres na história a liderarem uma revolta contra os EUA, em um ato conhecido como o Levante Jayuya, que resultou na prisão perpétua de seus combatentes.

Grande parte de Jayuya foi destruída e o incidente foi noticiado como “um incidente entre porto-riquenhos”.
Grande parte de Jayuya foi destruída e o incidente foi noticiado como “um incidente entre porto-riquenhos”.

Celia Sanchez

Nem Che, nem Fidel, o nome do coração da Revolução Cubana é de Celia Sanchez. Poucos ouviram falar seu nome, mas ficou conhecida por ser a principal tomadora de decisões do levante contra o governo de Fulgencio Batista. Uma das fundadores do Movimento 26 de julho, foi líder dos esquadrões de combate durante a revolução e esteve ao lado dos irmãos Castro até sua morte.

Organizou o desembarque do Granma, que transportou 82 combatentes de México para Cuba, para derrubar Batista
Organizou o desembarque do Granma, que transportou 82 combatentes de México para Cuba, para derrubar Batista

Integrante s do Partido dos Panteras NegrasKathleen Neal Cleaver  foi a primeira mulher do partido a fazer parte do grupo  de “tomadores de decisões”. Assumiu outras funções como porta-voz e secretária de imprensa, organizando também a campanha nacional para libertar o aprisionado ministro da Defesa dos Panteras, Huey Newton.  

Ela e outras mulheres, como Angela Davis, chegaram a contabilizar dois terços entre os integrantes do grupo.
Ela e outras mulheres, como Angela Davis, chegaram a contabilizar dois terços entre os integrantes do grupo.

Responsável por inflamar o levante de janeiro de 2011 no Egito, ao postar um vídeo na internet, encorajando outros a juntar-se nos protestos na Praça Tahrir, Asmaa é considerada uma das líderes da Revolução Egípcia. 

Ela é considerada uma das líderes da Revolução Egípcia e uma proeminente integrante da Coalizão de Jovens da Revolução Egípcia.
Ela é considerada uma das líderes da Revolução Egípcia e uma proeminente integrante da Coalizão de Jovens da Revolução Egípcia.