Terremoto abala e assusta os moradores da avenida Paulista; confira alguns relatos
Conteúdo divulgado em parceria com o repórter Felippe Canale/ fotos: Marlon Moro
Um terremoto de magnitude 8,3 atingiu o Chile nesta quarta-feira do dia 16 de setembro e, por volta das 20h30 desta noite, as vibrações foram sentidas na cidade de São Paulo e Santos, no litoral paulista. Algumas pessoas assistiram isso nos noticiários ou leram nos sites de notícias, mas outras sentiram na pele esta emoção.
Ao que tudo indica, os tremores foram mais intensos na região da avenida Paulista. Os prédios da FIESP, do Conjunto Nacional e da Faculdade Anhembi Morumbi foram evacuados por questões de segurança. A estação de metrô Trianon-Masp também ficou parcialmente fechada após o ocorrido.
Coincidentemente, o repórter Felipe Canale corria pela ciclofaixa quando tudo aconteceu e ao chegar ao prédio onde reside, próximo do Parque Trianon, presenciou vários moradores na frente da portaria.
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Diante da expressão pavorosa dos vizinhos, Felipe decidiu anotar os seus depoimentos. “Peço desculpas pelas fotos trêmulas, elas não fazem referência ao terremoto mas, sim, a câmera improvisada do celular”.
De acordo com o Serviço Geológico dos Estados Unidos, o epicentro do abalo foi registrado às 19h54 a 8 km de profundidade, no litoral próximo a Canela Baja, região de Coquimbo, a 293 km ao norte da capital. O terremoto atingiu escala 8,3 de magnitude em variação de 1 a 9 graus.
Confira os relatos dos moradores que testemunharam o fenômeno:
“Eu estava no banheiro e tudo começou a balançar. As toalhas e os potes e tubos de cremes caíram no chão. Foi aí que corri pra sala, encontrei o meu amigo e saímos correndo em direção as escadas de emergência do prédio. Havia outros moradores descendo as escadas e foi um tumulto!
Estamos sem chinelos até, nem deu tempo de pegar nada, saímos só com a roupa do corpo e descalços. Moramos no 19º andar e, por ser alto, acredito que o tremor tenha sido mais intenso”. Leticia Correia, 26 anos, doula, e seu amigo Felipe Fernandes, 26 anos, administrador.
Liane Gonçalves
“Eu estava na sala de casa assistindo TV e tinha tomado um chá de gengibre. Aí tudo começou a tremer, balançar e até pensei que fosse um efeito do chá. Foi aí que peguei a minha bolsa e desci as escadas apavorada. Foi quase um instinto de sobrevivência”. Liane Gonçalves, 55 anos, vendedora.
Ineide Breda
“Moro no 18º andar e demorei pra entender o que estava acontecendo. Foram quase dois minutos de tremor, tudo dentro de casa balançava, o lustre da sala, os quadros das paredes e até as panelas dentro da pia. Nunca havia passado por uma situação assim, parecia o fim do mundo”. Ineide Breda, 78 anos, aposentada.
Elídia Alves
“Eu saí do trabalho e vim direto pra casa. Mas quando cheguei na portaria do prédio tinha um tumulto na frente dele. Perguntei o que havia acontecido e me falaram de um possível terremoto. Todos os moradores estavam assustados, uns diziam que era a estrutura do edifício que estava abalada após uma reforma, outros falavam que era algo relacionado ao Chile.
Demorei pra entender o que estava acontecendo. Em todo caso, estou aqui na rua ainda, com a bolsa na mão e só vou subir pra casa quando tiver mais informações sobre o que aconteceu”. Elídia Alves de Araújo, 42, enfermeira.