TikTok impõe novas regras para barrar certos conteúdos aos jovens
As regras começam a valer a partir de 21 de abril; entenda!
O TikTok anunciou nesta terça-feira, 21, novas regras que barram conteúdos inapropriados para jovens menores de idade, como publicações relacionadas a perda de peso e cirurgias estéticas.
A empresa também trás mais detalhes sobre os cuidados relacionados às eleições e como vai diminuir o alcance de mídias sintéticas (conteúdos com montagem/não reais). A ideia é ser mais combativo com as deepfakes, aquelas imagens em que o rosto de uma pessoa é trocado.
O que vai mudar?
Nos últimos meses, o app tem implementado algumas medidas, como usar inteligência artificial para identificar menores que tentam enganar a plataforma.
O aplicativo também tem diminuído o número de conteúdos inapropriados, como comportamentos relativos à perda de peso, distúrbio alimentar, automutilação e suicídio. Esse tipo de postagem não vai aparecer mais no “Para você” de menores.
O que deixa de aparecer no “Para Você”: qualquer conteúdo por uma conta de alguém com menos de 16 anos, exposição moderada do corpo de pessoas jovens e beijo íntimo, pose sexualizada de pessoas jovens.
Outra restrição já aplicada pela plataforma é que menores de 16 não podem mandar mensagens diretas. Além de que menores de 18 anos não podem fazer transmissões ao vivo. Recentemente, o TikTok começou a limitar o uso de adolescentes que gastam muito tempo na plataforma.
Conteúdos falsos ou modificados
A empresa afirma que usuários que publicarem vídeos modificados por inteligência artificial vão precisar colocar alguma marcação como “sintético”, “falso”, “irreal” ou “alterado” na legenda ou em hashtags. Caso isso não aconteça, o conteúdo terá o alcance reduzido.
No entanto, essa regra não se aplica a filtros. Quando eles são aplicados, uma sinalização no próprio vídeo já mostra o nome da aplicação.
O objetivo é evitar deepfakes de políticos dizendo coisas que eles não falaram. No começo da guerra da Rússia contra a Ucrânia, começou a circular um vídeo falso pelas redes sociais em que Volodymyr Zelensky, presidente da Ucrânia, anunciava a rendição do país.
Para criar as novas regras, a empresa disse quer consultou mais de 100 organizações em todo o mundo. No Brasil, a empresa cita a Associação Brasileira de Transtornos Alimentares e o Instituto Vita Alere, que trabalha na prevenção de suicídio, como instituições colaboradoras.