No Fantástico, Tomás Covas relata últimos dias com o pai: ‘Ele foi muito guerreiro’
"Ele tinha esse desejo de me levar numa final de Libertadores", revela o garoto de 15 anos
Tomás Covas, 15, filho do ex-prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), disse como ficou ao lado do pai no dia da morte, em 16 de maio. Em entrevista concedida ao Fantástico, Tomás falou sobre a sensação que teve na manhã do dia da morte: “Ele esperou eu aceitar e conversar com ele sobre isso para ir tranquilo”.
Bruno Covas faleceu aos 41 anos depois complicações de um tumor na cárdia. Covas estava em tratamento contra o câncer que apareceu entre o esôfago e o estômago. Ele estava internado no hospital Sírio-Libanês.
“Tive a sensação de que ele esperou eu aceitar, conversar com ele sobre isso, para ele ir tranquilo. A gente ficou do lado dele, abraçou ele e falou para ele descansar”, disse Tomás.
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O filho de Bruno Covas também negou a informação de que o pai estava abatido e chorando na última semana que viveu. “O clima do hospital era completamente diferente. Ele foi muito guerreiro, batalhou muito. A gente sentia a vontade que ele tinha, o sorriso no rosto do dia a dia”.
Tomás chegou a abrir que só viu o pai chorar uma vez na vida. “Estava só eu e ele no quarto. Foi quando ele teve que se licenciar [da prefeitura]. Eu falei que ia dar tudo certo, que a gente ia vencer”. Ele também compartilha a última conversa que teve com o pai: “Fui a última pessoa que conversou com ele consciente. Não fazia a menor ideia de que seria a última conversa. Foi breve. ‘Boa sorte na prova'”.
Depois que o episódio aconteceu, Covas teve uma piora no estado clínico de saúde e necessitou de sedação. “No dia seguinte, quando vi ele sedado, foi muito forte, fiquei muito mal. Depois de 1 hora tentei ficar mais tranquilo. Voltei e fiquei 100% do tempo ao lado dele”.
Ao Fantástico, Tomás ainda falou sobre o dia que foi assistir um jogo do Santos com o pai no estádio durante a pandemia. “Cheguei a conversar com o médico dele e ele falou que não foi por acaso. Ele sabia os riscos da imprensa, etc, mas foi por coração. Ele tinha esse desejo de me levar numa final de Libertadores”.