Torcida organizada do Corinthians é condenada a pagar R$ 20 mil por homofobia

Em repúdio a episódio envolvendo selinho de Emerson Sheik, torcida organizada Camisa 12 exibiu faixas homofóbicas com frases como "veado não aceitamos"

Qual o peso do preconceito nos estádios de futebol do Brasil? Em um país onde a cada 28 horas ocorre uma morte motivada por homofobia, a intolerância nos estádios ainda é um tabu a ser superado. Nesta quinta-feira foi anunciada a condenação de uma das torcidas organizadas do Corinthians após manifestações discriminatórias contra o jogador Emerson Sheik.

Em repúdio a uma foto postada nas redes sociais, onde o atacante alvinegro dava um beijo em um amigo, a Fiel Torcida Jovem Camisa 12 ergueu faixas durante um treino, em 2013, com os dizeres “Veado não aceitamos”. Em outra oportunidade, o então presidente da entidade exigiu retratação do atleta “Pode ser até opção dele, mas estamos sempre tirando sarro dos bambis” – em referência à torcida do São Paulo,

Em sua defesa, a Camisa 12 negou a prática de discriminação, alegando que as manifestações foram motivadas pelo fato do jogador, ao ser substituído numa partida,  ter “desrespeitado companheiros de clube, o técnico e a torcida”. A ação foi promovida pela Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania de SP.

O futebol, preconceitos e bandeiras 

Além do episódio envolvendo a organizada corintiana, relembre outros episódios envolvendo preconceito nos estádios e manifestação de apoio à luta pelos direitos LGBT na Alemanha, durante jogo do Saint Pauli, tradicional equipe da cidade de Hamburgo.