Tribunal de Justiça nega indenização para a família de Eloá
O Tribunal de Justiça de São Paulo negou indenização de R$ 800 mil que a família de Eloá Pimentel havia cobrado do Estado. A adolescente de 15 anos foi morta a tiros pelo ex-namorado em 2008, em Santo André, no ABC.
Os familiares queriam ser indenizados já que Lindemberg Alves matou a ex após a invasão da Polícia Militar ao apartamento onde ela era mantida refém com uma amiga. Ele não aceitava o fim do relacionamento com a jovem.
Para o advogado Ademar Gomes, que defende os interesses dos parentes da adolescente, o Estado teve responsabilidade na ação policial que resultou na morte de Eloá.
“Entrei com processo de dano moral e material contra a Fazenda Pública por entender que além de Lindemberg, o estado causou a morte de Eloá”, falou o advogado em entrevista ao G1. “A PM negligenciou seu trabalho e cometeu muitas falhas”.
O caso Eloá
Em outubro de 2008, Eloá foi feita refém durante cinco dias pelo ex-namorado Lindemberg Alves, de 22 anos, num conjunto habitacional em Santo André. O desfecho foi trágico: ela foi baleada na cabeça, não resistiu aos ferimentos e morreu no hospital. O sequestro foi acompanhado ao vivo pela imprensa e emissoras de televisão.
O documentário “Quem matou Eloá“, da diretora Lívia Perez, traz muitas das cenas veiculadas na TV durante o sequestro, revelando o papel da mídia na morte da menina.
À época, jornalistas atravessaram as negociações da polícia, conversando ao vivo com o sequestrador e estabelecendo com ele uma relação de confiança (chegaram a tratá-lo como um moço apaixonado “sem antecedentes criminais e trabalhador”). O documentário na íntegra está disponível aqui.