TSE Identifica 93 mil doadores de campanhas sem renda compatível

No total, o valor analisado pela Justiça Eleitoral chega a R$ 300 milhões entre beneficiários do bolsa-família, desempregados e mortos

As eleições municipais estão aí. Neste domingo, 2, milhões de brasileiros vão às urnas em 5570 cidades de norte a sul do país para definir os prefeitos e vereadores dos próximos quatro anos.

Notícia divulgada pela Folha de S. Paulo nesta quinta-feira, 29, revela que o Tribunal Superior Eleitoral, o TSE, identificou 93 mil pessoas de baixa renda ou com ganhos incompatíveis às contribuições que fizeram para candidatos a prefeito e vereador. No total, o valor analisado chega a aproximados R$ 300 milhões.

Na primeira corrida eleitoral em que empresas não podem apoiar financeiramente candidatos, os casos suscitam suspeitas de que algumas campanhas utilizaram CPFs de cidadãos comuns para arrecadar dinheiro revertido aos candidatos.

Eleições deste domingo, 2, definirão os representantes dos 5570 municípios brasileiros

Informações sobre o caso apontam para pouco mais de 22 mil inscritos no programa Bolsa Família que, supostamente, teriam doado R$ 21, 1 milhões às campanhas investigadas. Além deles, outra conflituosa evidência aponta para o fato de 46 mil desempregados desembolsarem R$ 52 milhões.

E vai além: um único eleitor sem emprego, conforme o mapeamento, desembolsou R$ 100 mil a um candidato à prefeitura de Porto Alegre.

Ainda segundo o TSE, 23, 8 mil cidadãos possuem renda incompatível com os valores cedidos. Somando os doações, elas chegam a R$ 227, 5 milhões. Da lista, 31 deles repassaram acima de R$ 300 mil.

Nomes mortos

Ainda de acordo com o material, a investigação revelou suposta utilização de mortos:R$ 272 mil doados por 143 falecidos. Confira a matéria na íntegra.