Twitter apaga post de Malafaia que associa vacina da covid a infanticídio
Punição do Twitter ao pastor bolsonarista foi até leve demais, de acordo com as próprias regras da plataforma; entenda
O Twitter removeu na manhã desta terça-feira, 11, uma série de posts do pastor Silas Malafaia no qual classificava a vacinação infantil contra covid-19 de “infanticídio”. A medida ocorreu após pressão dos internautas que denunciaram a publicação, levando a hastag #DerrubaMalafaia o assunto mais comentado desde a noite de ontem.
Nos 11 posts removidos, Malafaia afirma que “não existiram casos suficientes de covid em crianças que justifiquem uma campanha de imunização”, seguindo a linha negacionista do presidente Jair Bolsonaro (PL).
No entanto, os dois mostram desconhecimentos de dados do próprio Ministério da Saúde, que aponta o óbito de mais de 30 crianças na faixa etária de 5 a 11 anos pelo novo coronavírus.Dados da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), divulgados no final de dezembro apontam que cerca de 2,5 mil crianças –de zero a 19 anos– já haviam morrido de covid no Brasil até aquela data.
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Regras brandas do Twitter
Internautas apontam que a medida do Twitter contra o pastor Silas Malafaia foi branda. Em suas regras, a plataforma veda não só a divulgação de fake news, como também possui uma política específica voltada para publicações relacionadas à covid-19.
“Você não pode usar os serviços do Twitter para compartilhar informações falsas ou enganosas sobre a covid-19 que possam causar danos”, diz um dos trechos das regras da plataforma aos seus usuários.
Até o momento, Malafaia não se pronunciou sobre remoção dos tuítes, nem fez novas publicações.