Após 10 anos, Sista Wolff e Mangueira já não são as mesmas
Por revista "Gênero e Número" e bloco Mulheres Rodadas
Quando o desfile da Mangueira apresentou ritmistas mulheres na sua bateria, no Carnaval de 2007, deixando para trás um traço de machismo travestido de tradição, Sista Wolff estava lá. Aos 37 anos, foi uma das selecionadas para compor a bateria que em 78 anos anteriores só havia aceitado homens.
De lá pra cá, foram todos os Carnavais dedicados à Verde e Rosa. A vida nas bandas de reggae em Belford Roxo, zona norte do Rio de Janeiro, que ela levava desde os 18 anos, ficou em segundo plano.
“Me mudei para a comunidade, passei a respirar a escola e assim foi por dez anos, até 2016”. Mas neste ano será diferente. Sista se deu sabático da escola, vai reviver o Carnaval de rua, desfilar em blocos e “tocar onde tiver espaço”, como disse numa tarde de quarta-feira em que chegou para fazer a sessão de fotos desta entrevista.
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Sista se prepara para matar a saudade de tocar no Multibloco, reduto onde aprendeu as batidas de caixa fundamentais para a sua aprovação numa bateria de escola de samba. Vai chegar à Lapa, no centro do Rio, onde acontece o cortejo, com uma bagagem absurdamente maior. “Hoje sou outra baterista mesmo, com muito mais agilidade, velocidade, domínio das batidas”, reconhece.
Leia aqui a íntegra do perfil.
- Este texto é parte do ensaio “Quem dá a letra do seu Carnaval“, produzido pela revista “Gênero e Número” e pelo bloco de Carnaval Mulheres Rodadas. Acompanhe as trajetórias de dez mulheres que vivem a cultura carnavalesca de fevereiro a fevereiro na página especial da campanha #CarnavalSemAssédio.