USP testa estímulo cerebral em viciados em drogas

Pesquisadores do Instituto de Psiquiatria da USP (Universidade de São Paulo) estão testando o uso da estimulação magnética do cérebro para conter a fissura de pessoas dependentes de cocaína em pó e “reorganizar” o funcionamento cerebral.

A técnica, chamada estimulação magnética transcraniana, é usada aqui desde 2006 no tratamento de depressão. Segundo os médicos, não é invasiva e quase sem efeitos colaterais.

Essa é a primeira vez que pesquisadores brasileiros resolvem investigar se os benefícios do método podem ser estendidos para dependentes crônicos da droga.

Um grupo de Israel, por exemplo, estudou os efeitos da estimulação contra a fissura provocada pelo tabaco. Os resultados mostram uma queda no desejo pela droga nos primeiros três meses.

Segundo o último levantamento da Senad (Secretaria Nacional de Políticas Antidrogas), 2,9% da população brasileira já usou cocaína ao menos uma vez na vida. E 7,7% dos universitários experimentaram a droga ao menos uma vez.

O psiquiatra Phillip Leite Ribeiro, responsável pelo teste na USP, explica que a ação da cocaína desorganiza os circuitos cerebrais, alterando o funcionamento das redes de neurônios. “A consequência é uma pessoa dependente da cocaína, com dificuldade de raciocínio e de decisão”, diz Ribeiro.

Por Fernanda Bassette – leia a matéria completa no site da Folha.com