Comissão de Ética aciona Carlos Bolsonaro após post polêmico
Carlos explicou que não teve a intenção de fazer apologia à tortura, e se limitou a dizer que apenas compartilhou o conteúdo de autoria de outra pessoa
O vereador Carlos Bolsonaro (PSL), filho do candidato do partido à Presidência Jair Bolsonaro, será acionado na Comissão de Ética da Câmara do Rio sob acusação de apologia à tortura. Parlamentares da oposição entraram com a denúncia após o político divulgar uma imagem no Instagram na noite de terça-feira, 25, que simula um homem torturado.
Nesta quarta-feira, 27, o vereador do PSOL-RJ David Miranda já havia declarado que iria denunciar o filho de Bolsonaro à Comissão de Ética. A postagem, que ironizou a campanha “Ele Não”, foi vista pela bancada psolista, que coassina o texto, como apologia à tortura e à LGBTfobia.
Na foto compartilhada por Carlos, que também é vereador pela cidade do Rio, um homem aparece em sinais de tortura e com uma frase de caráter duvidoso, que alude à homofobia: “Sobre pais que choram no chuveiro!”
Em tempo, a frase “sobre pais que choram no chuveiro” é comumente usada para fazer referência a pais de LGBTs que não aceitam a orientação sexual ou a identidade de gênero dos filhos.
David Miranda também pedirá que Carlos Bolsonaro, vice-presidente da Comissão de Direitos Humanos, perca a cadeira.
Após ver seu post viralizar nas redes sociais, o vereador se manifestou por meio de sua conta no Twitter.
“Novamente inventam como se eu tivesse divulgado uma foto dizendo que quem escreve a hashtag #elenao mereceria alguma maldade. Não, canalhas! Foi apenas a replicação da foto de alguém que considera isso uma arte. Me agradeçam por divulgar e não mintam como sempre! Segue a verdade:”
https://twitter.com/CarlosBolsonaro/status/1045006920086691840
O que Carlos Bolsonaro deixou de explicar, no entanto, foi a adição da frase “sobre pais que choram no chuveiro”.