Vereador paulista é preso suspeito de injúria racial no Rio
Renato Oliveira, presidente da Câmara de Embu das Artes (SP), estava na piscina de um condomínio de luxo
O vereador Renato Oliveira (MDB), presidente da Câmara Municipal de Embu da Artes, na Grande SP, foi detido por após uma confusão em um condomínio em Curicica, na zona oeste do Rio de Janeiro. Ele foi indiciado por injúria racial e resistência.
A briga, que aconteceu no último domingo, 23, começou depois que o vereador se dirigiu a um funcionário do local com palavras racistas. As informações são do G1.
Vídeos que circulam nas redes sociais mostra um policial militar dentro da piscina do condomínio de luxo segurando o parlamentar para tentar contê-lo.
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Renato Oliveira foi detido e levado à Delegacia da Taquara (32ª DP), na região de Jacarepaguá.
Vereador nega injúria racial
Após prestar depoimento, o vereador foi liberado. O inquérito será encaminhado à Justiça do Rio de Janeiro.
Em um vídeo publicado nas redes sociais, Renato Oliveira nega que tenha sido racista. O parlamentar contou que a confusão começou por causa de uma caixinha de som ligada por ele e disse que sequer conversou com o funcionário que o acusou de injúria racial.
Segundo o vereador, por não haver motivo para a prisão, alguns moradores “que não aceitam” a presença de pessoas da favela “tiveram que inventar um crime” para justificar o chamado da Polícia Militar no local.
“De modo nenhum nós baixaremos a cabeça para a elite que acha que certos tipos de lugares só eles podem entrar. Nós podemos entrar. Nós somos trabalhadores e tenho certeza absoluta que tudo vai ficar bem”, disse o vereador paulista.
Renato Oliveira é réu em um processo por tentativa de homicídio contra um jornalista de Embu das Artes, em 2017, segundo o Tribunal de Justiça de São Paulo.
Na denúncia, o MP-SP afirma que o vereador e outro homem, Lenon Roque Alves Domingos, tentaram matar o chargista Gabriel Barbosa da Silva, do jornal Verbo Online.
O jornalista era um crítico à administração de Embu das Artes, da qual Renato Oliveira fazia parte como secretário adjunto na época.