Vida sexual na cadeira de rodas
Texto por Débora Lopes
Como você faria sexo sem conseguir sentir nada do peito pra baixo? Comecei a pesquisar sobre a vida sexual de quem vive em uma cadeira de rodas e me deparei com a história da Juliana Carvalho, uma brasileira que, aos 19 anos, sentiu um mal-estar qualquer e dias depois descobriu que uma lesão medular a impediria de andar. Em suas buscas pela internet, nada ajudava a clarear a ideia de uma nova rotina sexual. “Eu não conhecia nenhuma outra mulher cadeirante pra perguntar ‘E aí? Como é que se faz pra transar?'”. Foram cinco anos sem fazer o que existe de melhor nessa vida até ela lançar o livro Na Minha Cadeira de Rodas ou na Tua? pra superar o baque. Publicitária, hoje ela vive na Nova Zelândia e, sim, tem uma vida sexual normal.
Motel adaptado para cadeirantes, prostitutas especializadas em atender pessoas portadoras de deficiência física, anel peniano, pornografia, devoteísmo, cadeiras que ajudam homens com lesão medular a comer mulheres de quatro. Existe um mercado e um mundo do sexo que talvez a gente não conheça.
Conversamos por e-mail sobre as novas tecnologias que facilitam o encontro de pirocas e pepecas no mundo dos “quebrados”, como ela mesma diz.
VICE: Como era sua vida antes de descobrir que você ficaria paraplégica?
Juliana Carvalho: Eu tinha 19 anos e cursava faculdade de comunicação social quando, de uma hora para outra, fiquei doente. Fui parar no hospital. Tive um treco que ninguém sabia o que era e que me deixaria na cadeira de rodas. Antes, minha vida era agitada. Sempre fui super social, com muitos amigos, adorava festa. Fui uma adolescente terrível… Por um lado, a história da doença até que foi eficaz pra me fazer baixar a bola. Fui obrigada a parar de beber.
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