Vídeo mostra homem agredindo mulher depois de assediá-la

Saiba como agir ao ser vítima de assédio

Homem agride mulher depois de assediá-la
Créditos: Reprodução/YouTube
Homem agride mulher depois de assediá-la

A estudante Marie Laguerre, de 22 anos, compartilhou nas redes sociais um vídeo que mostra ela sendo vítima de agressão física de um homem que a estava assediando sexualmente. O episódio aconteceu em Paris, na capital da França.

Na ocasião, Marie estava andando por uma calçada, quando passa por um homem que começa a assediá-la. Incomodada, ela grita para ele “calar a boca”. Nesse momento, o assediador volta e estapeia a jovem na cara.

As imagens mostram o momento exato em que a vítima apanha do agressor. O vídeo viralizou nas plataformas digitais, causando indignação na população francesa.

Em entrevista à imprensa de seu país, Laguerra disse que essa “não foi a primeira vez [que algo do tipo aconteceu] naquele dia, nem naquela semana, nem naquele mês”. “Eu fiquei com raiva e gritei ‘cala a boca’. Achei que ele não ia ouvir, mas ele ouviu”, contou.

Em busca de justiça, Marie colheu depoimentos de outras pessoas que presenciaram o ato e o dono do estabelecimento cedeu a gravação das câmeras de segurança para ajudá-la a denunciar o assediador, que ainda não foi identificado.

“Não posso ficar calada, não podemos ficar em silêncio”, escreveu ela em seu perfil no Facebook.

LUTA CONTRA O ASSÉDIO

O vídeo chocante que mostra a estudante sendo agredida após reagir a um episódio de assédio, acontece em um momento em que a França estabelece um pacote de medidas para punir assediadores com multas que vão de R$ 390 a R$ 3.250. A lei deve ser aprovada ainda esta semana pelo Congresso francês.

Ao jornal Le Parisien, a ministra da Igualdade do país europeu, Marlène Schiappa, se manifestou sobre o caso de Marie e se disse “revoltada” com o ataque e que o objetivo da nova lei é impor uma “clara proibição social” ao assédio.

COMO DENUNCIAR ASSÉDIO SEXUAL OU ESTUPRO?

O assédio contra mulheres envolve uma série de condutas ofensivas à dignidade sexual que desrespeitam sua liberdade e integridade física, moral ou psicológica. Lembre-se: onde não há consentimento, há assédio! Não importa qual roupa você esteja vestindo, de que modo você está dançando ou quantas e quais pessoas você decidiu beijar (ou não beijar): nenhuma dessas circunstâncias autoriza ou justifica o assédio.

No Brasil, não há um crime específico que trate do assédio que ocorre na rua ou em outros espaços públicos. Isso, entretanto, não significa que estas condutas ficam impunes, já que as violências que chamamos de assédio podem configurar diversos tipos de atos ilícitos (crimes, contravenções penais ou até mesmo um ilícito civil).