Violoncelista de favela do Rio ameaçada de perder bolsa nos EUA
Grandes músicos brasileiros se mobilizam para que a violoncelista Kely Conceição, moradora de uma favela do Rio, não perca uma bolsa em um das mais importantes escolas de músicas do mundo – a Berklee, em Boston.
Ela ganhou a bolsa em uma disputa internacional para Berklee, mas não tem como pagar um quarto e comida nos Estados Unidos. O prazo para conseguir o dinheiro se encerra em julho. Sem esse valor em conta, ela não consegue tirar o visto.
João Carlos Martins convidou Kely para tocar no Theatro Municipal de São Paulo, na próximo dia 10, às 12. acompanhada de Marcelo Bratke, um dos melhores pianistas brasileiros ( no vídeo, Bratke toca com Kely). “Não podemos desperdiçar esse talento”, afirma João Carlos Martins.
Ex-alunos da Berklee, o maestro Nelson Ayres, violinista Ricardo Herz e o violinista Muari Vieira, acompanhados da cantora Mônica Salmaso, fazem um show no dia 14 no ReciproCidade – a sede do programa do Catraca Livre de estímulo à criatividade com impacto social. É o projeto Fator Talento – uma parceria do Catraca com o Banco Fator para ajudar novos talentos.
Um dos responsáveis pela escolha de Kely, Gilson Schachnik, professor de piano de Berklee, não se conformou com a possibilidade de a jovem perder essa bolsa e começou uma vaquinha, agora apoiada pelo Catraca Livre. “Ela é um talento extraordinária. É dificílimo ganhar essa bolsa, disputada por jovens músicos em todo o mundo”, conta Gilson.
Quem quiser ajudar com qualquer quantia, pode depositar em nome de Kely Cristina da Conceição Pinheiro, no Bradesco, no agência 6566, conta 0003655-2, CPF 162812527-64
Como retribuição pela ajuda, Kely se compromete, na volta ao Brasil, a dar aulas gratuitas de música em sua comunidade.