Vítima de racismo, homem é agredido em bar tradicional de SP
Agressores fugiram antes de a polícia chegar ao local
Um homem negro foi agredido na última sexta-feira, 22, em frente ao bar Frango com Tudo Dentro, no bairro Santa Cecília, região central de São Paulo (SP).
Os agressores teriam disparado insultos racistas contra a vítima, que depois foi arrastada e agredida. Segundo o site Universa, o homem gritava que estava sendo vítima de racismo.
Os dois agressores, clientes do bar, fugiram antes da chegada da Polícia Militar. A vítima alegou ainda que os seguranças do estabelecimento não tentaram impedir a violência, mas o restaurante negou a omissão de seus funcionários.
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“Me senti humilhado e agora incapaz de ver justiça no Brasil. Queria ir embora do país”, disse a vítima à publicação.
O bar pertence à empresária Lilian Gonçalves, dona de uma rede de restaurantes na região e filha do cantor e compositor Nelson Gonçalves. Lilian é dona da Rede Biroska, uma das mais importantes redes de estabelecimentos de entretenimento no país.
Carla Fiori, vice-presidente da Rede Biroska, contou que funcionários levaram o homem para dentro do estabelecimento e ofereceram um copo d’água e indicaram a ida à Santa Casa de Misericórdia, hospital próximo ao local. A própria vítima, contudo, confirmou que se negou a ir ao hospital.
Confira o relato completo no link.
Racismo: saiba como denunciar
Racismo é crime previsto pela Lei 7.716/89 e deve sempre ser denunciado, mas muitas vezes não sabemos o que fazer diante de uma situação como essa, nem como denunciar, e o caso acaba passando batido.
Para começar, é preciso entender que a legislação define como crime a discriminação pela raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional, prevendo punição de 1 a 5 anos de prisão e multa aos infratores.
A denúncia pode ser feita tanto pela internet, quanto em delegacias comuns e nas que prestam serviços direcionados a crimes raciais, como as Delegacias de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi), que funcionam em São Paulo e no Rio de Janeiro.
No Brasil, há uma diferença quando o racismo é direcionado a uma pessoa e quando é contra um grupo.
Veja as informações completas abaixo: