Vítima de violência doméstica constrói casa com tutoriais da web
Após abandonar o marido violento, a norte-americana Cara Brookins, de Arkansas, ficou sem dinheiro e lugar para morar com os quatro filhos. Vítima de violência doméstica, a mãe decidiu construir sozinha uma casa para a família com a ajuda de tutoriais que assistiu no YouTube.
Em 2008, Cara começou a empreitada de levantar com as próprias mãos sua nova residência. No total, foram nove meses de trabalho e o equivalente a R$ 363 mil gastos com a construção, hoje avaliada em quase R$ 1,5 milhão.
“Eu ainda não sabia como enquadrar uma janela ou porta, como colocar tubos e fios através de uma parede ou como elaborar projetos e obter licenças, mas eu sabia que meus filhos e eu precisávamos disso”, escreveu Brookins em seu livro “Rise, How a House Built a Familia” (“Ascender, como uma casa constrói uma família”).
- 8 cursos gratuitos sobre sustentabilidade e ESG
- Sintomas comuns de câncer de fígado que podem ser confundidos com indigestão ou outras condições mais simples
- Estes são os motivos pelos quais você deve parar de roer a unha
- Tirar cidadania italiana vai ficar mais cara em 2025; entenda
No livro, que será lançado no dia 24 de janeiro, a norte-americana narra sua história de superação e busca inspirar outras mulheres pelo mundo que se sentem prisioneiras por conta da violência doméstica. “Faça algo grande. Dê um grande salto e defina um objetivo impossível. Com determinação suficiente, você pode realizá-lo”, afirmou.
Assista ao vídeo:
https://youtu.be/4YCevwKJpF8
- Veja como denunciar a violência doméstica
No Brasil há um número específico para receber esse tipo de denúncia, 180, a Central de Atendimento à Mulher. O serviço funciona 24 horas por dia, todos os dias do ano e a ligação é gratuita. Há atendentes capacitados em questões de gênero, políticas públicas para as mulheres, nas orientações sobre o enfrentamento à violência e, principalmente, na forma de receber a denúncia e acolher as mulheres.
O Conselho Nacional de Justiça do Brasil recomenda ainda que as mulheres que sofram algum tipo de violência procurem uma delegacia, de preferência as Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher (DEAM), também chamadas de Delegacias da Mulher. Há também os serviços que funcionam em hospitais e universidades e que oferecem atendimento médico, assistência psicossocial e orientação jurídica.
A mulher que sofreu violência pode ainda procurar ajuda nas Defensorias Públicas e Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, nos Conselhos Estaduais dos Direitos das Mulheres e nos centros de referência de atendimento a mulheres.
Se for registrar a ocorrência na delegacia, é importante contar tudo em detalhes e levar testemunhas, se houver, ou indicar o nome e endereço delas. Se a mulher achar que a sua vida ou a de seus familiares (filhos, pais etc.) está em risco, ela pode também procurar ajuda em serviços que mantêm casas-abrigo, que são moradias em local secreto onde a mulher e os filhos podem ficar afastados do agressor.