Vítima de violência doméstica relata experiência em vídeo

08/07/2015 16:02

Após terminar seu relacionamento, a irlandesa Emma Murphy, de 26 anos, vítima de violência doméstica, decidiu publicar um vídeo relatando sua experiência. Na filmagem, de pouco mais de cinco minutos, ela aparece com um olho roxo e conta sobre como estava enganada ao pensar que havia encontrado o grande amor de sua vida.

A jovem, mãe de dois filhos, relata que aceitou o parceiro de volta mesmo após descobrir uma traição e saber que ele seria pai de uma criança de outra mulher. E o homem a traiu novamente antes da violência começar. “Estou em uma relação com um cara que eu pensei que fosse o grande amor da minha vida. Eu o amei com todo o meu coração e nós tivemos altos e baixos. Eu apreciei os altos e jamais me esquecerei dos baixos”, conta.

“Estou em uma relação com um cara que eu pensei que fosse o grande amor da minha vida”, relatou
“Estou em uma relação com um cara que eu pensei que fosse o grande amor da minha vida”, relatou

Emma ainda alerta outras mulheres: “Você pensa que conhece alguém, mas não conhece. Eu o amei tanto que resolvi dar outra chance e ele fez tudo de novo. Na primeira vez, já é algo inaceitável. Levar adiante, se torna uma tortura mental. Nenhum homem deveria fazer isso com qualquer mulher”.

Assista ao vídeo com o relato (em inglês):

Veja como denunciar a violência doméstica

No Brasil há um número específico para receber esse tipo de denúncia,180, a Central de Atendimento à Mulher. O serviço funciona 24 horas por dia, todos os dias do ano e a ligação é gratuita. Há atendentes capacitados em questões de gênero, políticas públicas para as mulheres, nas orientações sobre o enfrentamento à violência e, principalmente, na forma de receber a denúncia e acolher as mulheres.

O Conselho Nacional de Justiça do Brasil recomenda ainda que as mulheres que sofram algum tipo de violência procurem uma delegacia, de preferência as Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher (DEAM), também chamadas de Delegacias da Mulher. Há também os serviços que funcionam em hospitais e universidades e que oferecem atendimento médico, assistência psicossocial e orientação jurídica.

A mulher que sofreu violência pode ainda procurar ajuda nas Defensorias Públicas e Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, nos Conselhos Estaduais dos Direitos das Mulheres e nos centros de referência de atendimento a mulheres.

Se for registrar a ocorrência na delegacia, é importante contar tudo em detalhes e levar testemunhas, se houver, ou indicar o nome e endereço delas. Se a mulher achar que a sua vida ou a de seus familiares (filhos, pais etc.) está em risco, ela pode também procurar ajuda em serviços que mantêm casas-abrigo, que são moradias em local secreto onde a mulher e os filhos podem ficar afastados do agressor.