Vítima fala sobre estupro para conscientizar outras mulheres

O site Bolsa de Mulher divulgou o relato de uma vítima de estupro para tentar evitar que casos como o de Valentina, nome fictício, não se repitam. Segundo a editora do site, a divulgação da história não busca polemizar nem gerar audiência. O objetivo é ajudar outras mulheres a entender o que é a violência: “seja um estupro velado, seja no trabalho, seja no namoro com sexo não consentido”.

A jovem conta que foi  estuprada por dois homens, sendo que um deles era um colega de trabalho. Eles gravaram um vídeo do ato, que acabou vazado na empresa onde ambos trabalhavam. O relato fala também sobre a falta de apoio e a culpabilização sofrida pela garota, que foi demitida após uma conversa humilhante com o RH.

Aqui você encontra o relato na íntegra. Abaixo, orientações para lidar com casos como esse.

Veja como denunciar a violência contra a mulher

No Brasil há um número específico para receber esse tipo de denúncia,180, a Central de Atendimento à Mulher. O serviço funciona 24 horas por dia, todos os dias do ano e a ligação é gratuita. Há atendentes capacitados em questões de gênero, políticas públicas para as mulheres, nas orientações sobre o enfrentamento à violência e, principalmente, na forma de receber a denúncia e acolher as mulheres.

O Conselho Nacional de Justiça do Brasil recomenda ainda que as mulheres que sofram algum tipo de violência procurem uma delegacia, de preferência as Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher (DEAM), também chamadas de Delegacias da Mulher. Há também os serviços que funcionam em hospitais e universidades e que oferecem atendimento médico, assistência psicossocial e orientação jurídica.

A mulher que sofreu violência pode ainda procurar ajuda nas Defensorias Públicas e Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, nos Conselhos Estaduais dos Direitos das Mulheres e nos centros de referência de atendimento a mulheres.

Se for registrar a ocorrência na delegacia, é importante contar tudo em detalhes e levar testemunhas, se houver, ou indicar o nome e endereço delas. Se a mulher achar que a sua vida ou a de seus familiares (filhos, pais etc.) está em risco, ela pode também procurar ajuda em serviços que mantêm casas-abrigo, que são moradias em local secreto onde a mulher e os filhos podem ficar afastados do agressor.