Vítima morreu ao tentar salvar cão de estimação em Brumadinho
Segundo familiares, ela teria tido tempo para fugir da onda de rejeitos
Cinco dias após o rompimento da barragem da mina Córrego do Feijão em Brumadinho, Minas Gerais, as vítimas localizadas começam a ser veladas e enterradas. Entre os corpos identificados até o momento, estava o da advogada e secretária municipal de Desenvolvimento Social da cidade, Sirlei Brito Ribeiro, de 47 anos. De acordo com familiares, ela foi impactada pela lama de rejeitos ao tentar salvar seu cachorro de estimação.
Segundo reportagem do O Extra, Sirlei morava a poucos metros da barragem e costumava atuar em movimentos em defesa do meio ambiente e contra os impactos da mina da Vale na região. No momento em que a barragem rompeu, ela estava em casa com um jardineiro e uma empregada. Eles relatam que ao ouvir o barulho, correram para fugir da lama. Sirlei, no entanto, voltou para a residência.
“Acreditamos que tenha ido buscar a cachorrinha. Era muito apegada”, conta Eduardo Toscano, cunhado da vítima. A versão dele foi confirmada por uma amiga da secretária, que também ouviu o relato dos dois funcionários.
- Qual Lei protege populações atingidas por barragens no Brasil?
- Petrópolis divulga alerta sobre fake news
- Crianças e adolescentes de Brumadinho abraçam música após desastre
- Mariana, 5 anos: livro relembra o maior desastre ambiental do Brasil
Toscado compartilha a dor de muitas outras famílias que perderam ou ainda aguardam por informações sobre entes desaparecidos. Para ele, medidas devem ser tomadas para que possíveis culpados sejam punidos e a tragédia não caia no esquecimento.