Viúva de capitão Adriano pode assinar delação premiada
Adriano foi homenageado por Flávio Bolsonaro com a Medalha Tiradentes e era amigo de Fabrício Queiroz
Júlia Emílio Mello Lotufo, viúva do capitão Adriano da Nóbrega, morto pela polícia da Bahia em 2020, pode homologar uma delação premiada com o Ministério Público Federal no Rio de Janeiro e o Ministério Público do estado.
Segundo a coluna de Guilherme Amado, no Portal Metrópoles, ela negocia a delação há algumas semanas com os procuradores, tendo como advogado o ex-senador Demóstenes Torres.
A delação deve focar nos homicídios cometidos pelo chamado “escritório do crime”, um grupo de milicianos do Rio de Janeiro com ligações estreitas com políticos.
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Por 10 anos, Júlia teve um relacionamento amoroso com Adriano. Ela trabalhou na Subdiretoria-Geral de Recursos Humanos da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).
Adriano foi homenageado por Flávio Bolsonaro com a Medalha Tiradentes e era amigo de Fabrício Queiroz. Raimunda Veras Magalhães e Danielle Mendonça da Costa, mãe e ex-mulher do ex-PM, trabalharam no gabinete de Flávio Bolsonaro na Alerj.
Ligação com a família Bolsonaro
Adriano atuou no 18º Batalhão da PM com Fabrício Queiroz, o ex-assessor de gabinete de Flávio Bolsonaro, investigado por lavagem de dinheiro na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj).
Ele estava sendo procurado após uma denúncia ao Ministério Público por atuar com grilagem de terras; compra, venda e aluguel irregular de imóveis; cobrança irregular de taxas da população local; e extorsão e na receptação de mercadoria roubada na comunidade Rio das Pedras.
Paulo Emílio Catta Preta, advogado de defesa de Adriano Nóbrega, disse que o seu cliente afirmou em uma ligação que tinha certeza de que havia um plano de “queima de arquivo” contra ele. A viúva de Nóbrega fez o mesmo relato a Catta Preta.