Você aceitaria trabalhar como babá sem ganhar salário?
Um anúncio publicado nas redes sociais provocou muita polêmica neste domingo, dia 9. Isso porque a designer Patrícia Gomes Benfica Malizia, à procura de babá, ofereceu no post “moradia compartilhada” em um apartamento “descolado” e bem localizado na zona sul de São Paulo para estudantes que “saibam cozinhar, manter a casa organizada” e gostem de criança, já que vão cuidar de um “rapazinho de 7 anos”.
A “ótima proposta” de Patrícia, que também usa um mote feminista da sororidade, ao destacar que “juntas somos mais fortes”, provocou reações contrariadas nas redes, já que a oportunidade não prevê salário apesar de ser uma relação claramente comercial, em que um lado entra com o trabalho (como faxineira e babá) e o outro, com oferta de moradia. “Que eu saiba, isso é escrevidão”, disse uma das mensagens, “dorme na Casa Grande ou na Senzala?”, questionou outra.
Ao jornal “Extra”, Patrícia argumenta que a proposta é “bastante feminista” e que foi mal interpretada. Segundo ela, trata-se de uma contribuição mútua entre mães solteiras. “A ideia é fazer disso um projeto patrocinado”, afirma a designer, que diz não ter condições financeiras de manter uma babá registrada e, por isso, surgiu a ideia.
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“No apartamento, caberia muito bem mais uma mãe e uma criança, que dividiriam o quarto com meu filho. Por que uma mão não pode ajudar a outra?”, pergunta.
Os comentários, porém, não foram 100% críticos e, segundo Patrícia, houve muitas interessadas na proposta, que já estão em processo seletivo.
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