“Isso é puro vitimismo”. “Racismo não existe, isso é coisa da cabeça das pessoas”. “Cotas raciais são injustas e imorais”. “Não sou racista, eu tenho amigos negros”.

O racismo no Brasil (e no mundo) se apresenta de muitas formas, inclusive em situações recorrentes nas quais procura ser disfarçada, como as expostas nos exemplos acima.

É disso que se trata o novo vídeo publicado pelo Governo do Estado do Paraná nesta quinta-feira, dia 17. Com mais de 40 mil compartilhamentos, o post faz um alerta para o chamado “racismo institucional”, problema que se manifesta quando instituições atuam de forma diferenciada em relação a uma pessoa por conta de sua cor, cultura ou origem étnica.

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Segundo informações divulgadas no vídeo, 82,6% dos negros afirmam que a cor da pele influencia na vida profissional. Os negros ganham 37% a menos que os brancos e ocupam apenas 18% dos cargos de liderança. Confira no player abaixo um experimento sobre racismo institucional realizado com profissionais de RH:

https://www.youtube.com/watch?v=bKEifWCZoF8

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Nele, dois grupos de profissionais são colocados em salas separadas e passam por um teste. No primeiro grupo, os participantes são convidados a explicar imagens de pessoas brancas em situações comuns do dia a dia. Já no segundo grupo, as pessoas tem que relatar as mesmas situações, só que com pessoas negras.

O resultado é alarmante: os participantes do segundo grupo colocam os negros em posição inferior à dos brancos. Um homem branco, por exemplo, é considerado um executivo, quando o negro é taxado como segurança do shopping. Da mesma forma, uma mulher branca olhando para uma roupa é vista como “designer de moda” e uma negra como “vendedora”.

Além do vídeo, a campanha conta com um site que traz mais informações e dados sobre o racismo institucional. Confira aqui.