Vôlei transforma a vida de jovem do Capão Redondo
Esporte mudou a vida do jovem Jefferson Santos que, aos 22 anos, viaja o país ensinando os valores do esporte para crianças da periferia
Há sete anos, Jefferson Silva dos Santos sairia cedo de casa, cruzaria as ruas do Capão do Redondo, na zona sul da periferia de São Paulo, para viver uma experiência que guiaria o rumo de sua vida.
Tinha apenas quatorze quando encontrou no vôlei um motivo para dedicar seu futuro. O primeiro contato com a modalidade aconteceu em 2012 durante o projeto Caravana do Esporte e das Artes_iniciativa organizada pela ESPN, Disney, Unicef e os Institutos Esporte Educação e Mpumalanga_que já atendeu cerca de 2 milhões de crianças e jovens em todo o país.
Jefferson, entretanto, jamais preveria que a simples brincadeira da adolescência o alçaria a uma trajetória inimaginável.
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Dividido entre a rotina de estudos na escola e as aulas de vôlei no bairro, o menino, aspirante à atleta, formou-se em educação física em 2019.
Aos 22 anos recém-completados, atuou pela primeira vez como professor na última edição do projeto em São Luís do Maranhão.
Quebrando preconceitos
Para Jefferson, o esporte pode ser definido em quatro pilares: inclusão, oportunidade, socialização e diversidade “Admito que antes de jogar vôlei era uma pessoa preconceituosa. E aprendi a quebrar diversos preconceitos, olhar para as pessoas pelo que elas são e não por estereótipos”.
Quase dez anos após o vôlei surgir em sua vida, o jovem da periferia de São Paulo destaca a importância do esporte, que, segundo ele, é tudo em sua formação. “É algo que pratico, estudo, trabalho e vivo”.
A exemplo da própria sorte, Jefferson projeta retribuir, no futuro, a oportunidade que teve na infância por meio de um projeto sócio esportivo.
Vivendo sonhos
Primeiro de sua família a entrar na faculdade, Jefferson espera que sua história sirva de exemplo para crianças e jovens do bairro onde nasceu. “Me sinto muito orgulhoso de tudo que já conquistei. Meu grande sonho era viajar jogando vôlei e, embora não tenha me tornado profissional, hoje consegui realizar o sonho de viajar ensinando vôlei”.
Desde que passou a integrar a Caravana, aos 18 anos, Jefferson viajou a dez estados das cinco regiões do país.