Voo da Avianca: as pessoas ainda são cúmplices de assédio sexual

Texto escrito por Marcela De Mingo e publicado no Superela

Quando a gente diz que a nossa sociedade é conivente com o assédio sexual, ou seja, que ela não faz nada para impedir ou para repudiar um comportamento que é ruim para as mulheres, parece que não fica muito claro para as pessoas que a realidade atual é esta. Mas o caso do homem que se masturbou em um voo da Avianca, na última semana, é a melhor prova de como as coisas funcionam.

Se você não sabe da história, vamos dar um breve contexto: Vitória Nunes estava em um voo saindo de Belo Horizonte rumo a São Paulo, quando um homem trocou de assento e escolheu se sentar ao seu lado. Dali um tempo, ele começou a alisar a genitália – no meio do voo da Avianca – e a gemer. Sim, ele estava se masturbando em pleno avião.

Não entraram em contato comigo ate agora, mas estão empenhadissimos el tirar minhas publicações do ae e enviar notas pra…

Posted by Vitória Antunes on Monday, March 12, 2018

Vitória não ficou calada, reclamou, filmou o homem para ter provas contra ele e usou os Stories do Instagram para denunciar o que estava acontecendo. O maior problema é que a equipe de comissários de bordo da aeronave não fez absolutamente nada diante do caso.

Em uma série de vídeos (que você pode ver clicando aqui), Vitória explica que o comissário do voo da Avianca para o qual ela relatou o caso não quis ver as gravações que ela fez, mostrando o homem alisando a genitália – um dos profissionais a bordo, inclusive, pede para ela se acalmar porque “já iriam desembarcar”. Ou seja, a tripulação foi conivente, foi cúmplice do assédio, porque não o mudaram de lugar, não tomaram nenhuma providência e não levaram a sério o que Vitória estava contando.

Ela foi levada ao comandante do avião, que disse que não podia ajudá-la porque “ele não viu nada”, ao qual ela respondeu que isso era óbvio, porque ele estava pilotando a aeronave. Um pouco mais sobre conivência no voo da Avianca.

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