Web destila ódio ao saber que São Paulo terá candidata a vice-prefeita trans e cristã

Pastora Alexya Salvador, trans e mãe de dois filhos, irá concorrer ao cargo na chapa com Sâmia Bomfim, do PSOL

06/07/2020 09:55

As redes sociais amanheceram odiosas nesta segunda-feira, 6. Isso porque, para alguns ditos “cristãos”, saber que uma pessoa pode ser transexual e cristã ao mesmo tempo é algo abominável. Tudo começou quando a deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL-SP) anunciou que irá disputar a prefeitura de São Paulo e terá como candidata a vice a pastora trans Alexya Salvador.

A Catraca Livre já entrevistou Alexya em 2017, para uma série de reportagens chamada “Mães que TRANSformam”. A série reuniu diversos relatos de mulheres trans que são mães e também de mães de pessoas trans (relembre aqui).

Sâmia Bomfim anuncia pastora trans como sua candidata à vice-prefeita de São Paulo
Sâmia Bomfim anuncia pastora trans como sua candidata à vice-prefeita de São Paulo - reprodução/Twitter

A partir do anúncio, milhares de comentários transfóbicos surgiram nas redes sociais, como se uma pessoa não pudesse ser trans e cristã ao mesmo tempo. “Amai-vos uns aos outros como eu vos amei” é o que está na Bíblia Sagrada, mas aparentemente não é uma frase muito apreciada.

https://twitter.com/DOprimido/status/1279948143040311296

https://twitter.com/LacradaInverti2/status/1280101724070518784

https://twitter.com/carlosafn13/status/1280116485415936006

https://twitter.com/leuzzzzzzz/status/1280115278010089472

Em contrapartida, muitos outros cristãos também partiram em defesa de Alexya e contra o preconceito.

https://twitter.com/CleciaRibeiro_/status/1280120589815070726

https://twitter.com/SraDark0/status/1280106943122677760

https://twitter.com/FebermanMartin/status/1280113179444629512

Chega de transfobia!

A Catraca Livre não abre espaço para a transfobia. A gente acredita que a informação é a melhor arma contra o preconceito! Por isso, reunimos em uma publicação algumas dicas para não fazer feio quando for falar sobre questões de gênero. Agora, se você não tem a menor vontade de aprender a respeitar o próximo, não deveria nem estar aqui, né linda?!