Só uma existe uma suspeita sólida sobre o motivo que levou Flávio Bolsonaro a pedir e conseguir no STF a suspensão das investigações contra Fabrício Queiroz, alegando foro privilegiado.
A suspeita: o senador era beneficiário do esquema de Queiroz, que recebia recursos suspeitos em sua conta.
Ou seja, ele recebia parte do dinheiro.
O que, aliás, é um esquema conhecido no Legislativo: parte dos altos salários dos assessores tem um pedágio e vai para os parlamentares.
Esse pedágio foi a principal suspeita.
Mas a suspeita apenas explodiu quando Flávio entrou no STF: afinal, se não tinha nada a temer, como alardeava, seria do seu interesse a investigação.
Certamente ele e seus advogados sabiam que o pedido seria um bomba de desgaste, como está sendo.
Qual o único motivo possível para ele provocar esse sabido desgaste?
Parar a investigação, claro, aumentaria a suspeita. As pessoas lembrariam, como lembraram, que ele e o pai atacavam o foro privilegiado como uma arma de corruptos.
Evitar um desgaste maior.
O desgaste maior só pode ser a prova, via Coaf, de um fluxo de dinheiro entre Fabrício e Flávio – assim como havia entre o ex-motorista de Jair Bolsonaro, explicado como dívida.